sexta-feira, 27 de maio de 2011

Já fez um ano!

Há dois dias completou 1 ano que iniciamos o Caminho de Santiago.

Aqueles que acompanham o Peripécias há mais tempo, e seguiram-no à época (ou pouco depois, pois as postagens foram escritas depois da viagem), sabem aquilo que passamos/vivemos/presenciamos. Aqueles que não, podem aproveitar a passadinha por aqui e procurar os textos afins... E fotos e vídeos...

Foi uma experiência incrível, daquelas que podem separar a vida em "antes" e "depois".

Para nós, foi uma grande experiência dentro de outra grande experiência. Já havíamos nos tornado "cidadões do mundo" mas, não tão completos quanto depois desta jornada.
Sempre nos perguntam: e qual foi a melhor parte?
Hoje podemos responder: tudo!

Várias coincidências deram as cores daqueles dias, como o encontro que tive, na noite anterior ao início da jornada, já dentro de um dos albergues (na cidade do Porto). No mesmo quarto em que estava (eram separados em ala masculina e feminina), encontrei uma pessoa do interior de SP que estava acabando de acabar o caminho. Vinha da França, ido à Santiago e, depois, "descido" até o Porto. Não fez tudo a pé, mas foram mais de 30 dias... Os pés deles estavam cobertos de bolhas!! Antes não tivesse visto: como seria ter tantas assim? No "nosso" final, já em Santiago, nem eu, nem Cláudia, tivemos uma sequer!

Com a mesma pessoa, fiquei sabendo que se pode fazer mais de 40Km por dia. Era possível alguém aguentar isso por mais de 20 dias seguidos: ele havia.
Por fim, ainda descobri que ele também operava no Mercado de Capitais... Coincidência? Não... Apenas afinidades...

Na manhã seguinte começamos a jornada de mais de 11 dias.

Neste dia, 26 de maio, do ano passado, completamos outro aniversário: a primeira jornada ao lado de nossos amigos australianos: Ian, Sandra e Andrew. Ficamos juntos até o final. E até hoje...

Por enquanto é isso...

Beijos

domingo, 22 de maio de 2011

Excertos de um silêncio

Que sliêncio!

Não acabou, não... Como dissemos, o blog continuará, mas, de forma diversa. Ele ganhou vida, e não podemos simplesmente encerrá-lo. Como não está. Na verdade, o silêncio momentâneo diz mais que qualquer outro texto...

Hoje, não dói mais. Mas, até pouco tempo atrás, pensar em Portugal doía no coração. Incrível a ligação que construímos com aquele cantinho do Mundo! Os amigos, os lugares, nosso dia-a-dia. A simplicidade que aprendemos vivenciar e admirar foi a peça fundamental. Sem nenhum luxo, fomos felizes. E como fomos!!!!

Recomeçamos nossa vida na terra natal. Ainda estamos em "convalescença", mas, bem mais adaptados. Os primeiros dias foram MUITO difíceis... Vínhamos totalmente "zen", quase desintoxicados, e aterrisamos num lugar que não era mais o mesmo para nós... Que teste! Engrandecedor!

Menos de 48h depois de chegarmos, a Cláudia já voltou ao trabalho: rotina, mudanças, encontros, desencontros. A adaptação teve de ser rápida. E dolorosa...

De minha parte, tentei manter um rumo próximo ao que havia criado: sem um trabalho formal, ocupar a mente com várias atividades.

A Cláudia definiu bem: o rompimento não aconteceu quando fomos à Portugal. Ele aconteceu em nosso retorno ao Brasil...

Estamos mais vivos de o que nunca, tentando colocar em prática tudo aquilo que aprendemos naquele ano. Acho que estamos nos saindo muito bem...

Agora, graças ao Thiago, consegui um excelente emprego. Eu e Cláudia estamos adorando nosso novo cantinho, com um sofá novo que, nas tardes de domingo, convida ao sono. Estamos perto da família e de grandes amigos. E sentimos saudades de nossos grandes amigos de lá! O Rafa disse uma vez: "vida de ex-imigrante é dura: tá sempre com saudade do outro lado..."

É isso aí! Grandes Beijos de saudades