Pra quase encerrar 2011...

Nos próximos dias, completamos 30 semanas de gestação, o que representa 7 meses e meio!
É, agora falta bem pouco para conhecermos a carinha de nosso-nossa bebê e saber se a família aumentará com um menino ou uma menina. Mais alguns passos e em março saberemos...

"O que faz andar a estrada? É o sonho.
Enquanto a gente sonhar a estrada permanecerá viva.
É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro."
(Mia Couto)

Estou bem 'barriguda' e sentindo muito o-a bebê se movimentar dentro do útero. É mágico: penso muitas vezes na beleza e na maravilha divinas presentes em uma gestação. Ao mesmo tempo, é um pouco estranho: ter algo que se movimenta dentro de você, que empurra seus órgãos... não posso negar que causa estranhamento.

É uma experiência tocante!

Claro que além de sentir e viver, continuo estudando um pouco e quero partilhar mais algumas referências bacanas que tive a oportunidade de ler e conhecer.

1) Parto com Amor, livro de Luciana Benatti e Marcelo Min, da Panda Books, editado em 2011. Relata experiências de vários tipos de parto.

2) Gestação: encontro de almas - um guia de saúde e espiritualidade para os pais, livro de Cristiane Ribeiro Assis, publicado pela FE Editora, em 2007. A autora é obstetra e aborda a gestação trazendo a perspectiva espiritual, apoiada no espiritismo.

3) Site de um grupo em São Paulo, o GAMA - Grupo de Apoio à Maternidade Ativa, que tem dicas de vários livros e filmes: http://www.maternidadeativa.com.br/videos.html

4) Filme "Hanami: o florescer da vida". Demais!!
Para conhecer um pouco, acessem o site: http://dochanami.blogspot.com/

5) Breve documentário "Parto Natural - Natural Birth", disponível em http://vimeo.com/8526305

6) Em 2012 será lançado, em março, um longa metragem nacional sobre parto humanizado e a ressignificação do parto na sociedade contemporânea. O filme tem direção de Eduardo Chauvet e o vídeo de divulgação está disponível em http://www.youtube.com/watch?v=3B33_hNha_8

A perspectiva é de humanização, independente da via de parto (se natural, normal, cesariana)!

Beijo a todas e todos!
Claudinha

Até parar de pulsar...

Como sabem, eu e Fabio estamos 'aprendizes da maternagem e da paternagem'...
Estamos, sob nosso ponto de vista e apoiados nas referências que temos construído, confiantes de que nossos passos parecem certos na direção de um momento para o nascimento de nosso-nossa bebê que seja respeitoso. Humanizado.
Sim! É possível que tenhamos mais respeito e humanidade nos procedimentos com a mãe e com o bebê durante o processo do nascimento: é dar tempo-e-espaço para a mãe-natureza agir e, se necessário, haver o mínimo de intervenção dos profissionais envolvidos.
Desta forma, escolher a via do nascimento humanizado é ter conhecimento acerca dos procedimentos pelos quais mãe e bebê passarão e, então, fazer escolhas conscientes e necessárias, permitindo que este momento de transição seja o mais suave e seguro possível.

Uma das descobertas mais incríveis que fizemos foi à respeito do cordão umbilical: no útero, ele faz o papel de transportar sangue rico em oxigênio e alimento ao bebê; é constituído por duas artérias e uma veia e é feito de um material gelatinoso. Após o nascimento do bebê, o cordão continua exercendo sua função, ao mesmo tempo em que, naturalmente, as vias aéreas respiratórias do recém-nascido e seus pulmões começam a funcionar. Enquanto não funcionam normalmente, o cordão continua a pulsar... pode levar por volta de cinco minutos (ou um pouco mais) para que o cordão pare de pulsar e deixe a mãe-natureza agir pelo funcionamento da respiração pulmonar. Além disso, assegura também um momento mais suave de transição para a separação que acontecerá com o "clampeamento", pois agora, mãe e bebê são dois seres viventes no nosso planeta Terra. No livro que citei em post anterior, de Leboyer, ele nos escreve (LEBOYER, F. Nascer sorrindo. p.74):

“Duplamente oxigenado, o cérebro do bebê não sente, em nenhum momento, falta de oxigênio. Nada faz funcionar o sistema de alarme. Nem agressão, nem cianose, nem pânico, nem ângustia. Uma passagem lenta e progressiva de um estado a outro. O sangue, por seu turno, muda de rota sem problemas. Os pulmões não são forçados em nenhum momento. Nem externa nem internamente”.

Aprendizado. Respeito ao tempo. Escolha consciente.
Aprendizado. Partilha.
Aprendizado humanizado!

Beijinhos!
Claudinha

Para lembrar

Em clima de paternidade, eis que escrevo meu primeiro post em meses... Preguiça? Não... Diria falta de inspiração.

E já se vai quase um ano de retorno. Com as coisas já bem encaminhadas, nós estamos curtindo a vida, exercitando aquilo que aprendemos do lado de lá do atlântico: partilhar, receber, amar, respeitar. Confesso que aqui, no lugar de origem nossa, é BEM mais difícil. Mas, vá lá, também é BEM mais divertido.

Falta, temos muita de nossos amigos: Ale, Antonio, Rafa, Erisson... Também temos sentido MUITA falta da simplicidade da vida de lá. E das viagens. Ah! as viagens! Não que estejamos passeando pouco por aqui. Fato é que não consigo explicar com palavras. A foto aí embaixo explica tudo! foi tirada por mim, numa das últimas viagens que fizemos. Era o dia 19 de dezembro de 2010 e estávamos entre Castelo de Vide e Marvão, indo em direção à Ammaia, ruínas de uma cidade romana com milhares de anos, em pleno Alentejo! - Ah! o Alentejo!

Espero que curtam, tanto quanto nós curtimos!

Beijos

Parto Humanizado

Nossas novas peripécias envolvem a gestação de um/uma bebê e o aprendizado que já temos construído em torno da maternidade e da paternidade.
Além de sentir e viver no corpo as transformações, somos quase 'inundados' de saberes que as pessoas partilham conosco com o intuito de que aprendamos um pouco mais... Cada um defendendo a sua perspectiva, é claro! Para o bem e para o mal....
Muitos são os sites e blogs, os livros e as ideias que têm se passado em nossa vida nestes últimos meses... Temos também frequentado um grupo de futuros papais e mamães em Barão Geraldo - o Samaúma.
Decidimos e assumimos que queremos viver (se possível for) um "parto humanizado". Você(s) conhece(m)?
Pois então, há muitos saberes da experiência e teorias nesta direção e estamos nos sentindo cada vez mais abraçados por esta concepção (no duplo sentido da palavra). E não poderíamos deixar de partilhar com vocês algumas referências que nos têm ajudado a caminhar nesta direção para que circulem por aí e sirva para outras pessoas que também querem trazer seu/sua filho/a ao mundo de forma mais humana:

Sites
Grupo Samaúma (Barão Geraldo): http://www.gruposamauma.com.br/site1/index.php e http://samaumamaternidadeconsciente.blogspot.com/
http://www.amigasdoparto.com.br/index.html
http://www.partodoprincipio.com.br/index.php

Livros
CHOPRA, Mallika. 100 promessas para o meu bebê. Trad.: Marisa Rocha Motta. Rio de Janeiro: Sextabte, 2005.
GUTMAN, Laura. A maternidade e o encontro com a própria sombra. Trad.: Luís Carlos Cabral. Rio de Janeiro: BestSeller, 2010.
LEBOYER, Frédérick. Nascer sorrindo. 13 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989.
NOVO, María; TONUCCI, Francesco. Cartas a uma criança que vai nascer. Trad.: Hernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Partilhar o que aprendemos é uma forma de abrir um horizonte a outras possibilidades.
Beijinhos
Claudinha

Enfim, o terceiro post!

Este post - para completar a 'série' (rs) - é pra lá de especial!
É para partilhar que eu e Fabio estamos grávidos!!
Isso mesmo!
Parece piada? Mas não é...
Parece inacreditável? E é... rs
Completamos 4 meses de gestação e estou muitíssimo bem de saúde, não sofrendo nenhum tipo de desconforto dito 'comum' a este período.
Estamos curtindo cada momento, aprendendo o que é estarmos 'grávidos' e partilhando mutuamente algumas intenções do que desejamos conviver, experienciar e partilhar com nosso-nossa bebê.
Nosso-nossa bebê será uma surpresa para todos e todas nós, pois queremos saber o sexo somente no momento do nascimento!
Utopia? Não!
Algumas pessoas nos perguntam: conseguirão segurar a ansiedade?
O fato é que não a temos (ao menos não para isto) e, então, estamos muito tranquilos diante desta decisão e desejamos sentir a explosão de alegria no momento do nascimento.
Seguem duas imagens de nosso-nossa bebê:


Conseguem ver?
Rs

Beijinhos
Claudinha

Passado o tempo... (o segundo post)

O segundo post que queremos partilhar é comunicar a criação de um blog, pelos nossos amigos queridos Ale e Antonio! No blog, eles divulgarão as peripécias pelos diversos continentes do mundo, lugares pelos quais passaram, ficaram, enamoraram...

A inspiração para a criação? Foi o "Peripécias d'além mar"!!
Segue abaixo o convite:

"E' nato il nostro blog, mio e di Antonio: http://dolcenaufragar.blogspot.com/

Abbiamo viaggiato, vissuto, visto posti lontani. Continuiamo ad assere "lontani" (..beh, il Portogallo non e' il Congo se proprio vogliamo mettere i puntini sulle i...) ma finalmente, seguendo l'esempio di due cari amici brasiliani, ci siamo decisi a creare uno spazio tutto nostro per poter condividere il nostro tran-tran quotidiano, i nostri viaggi e le nostre foto per sentirvi (e sentirci) piu vicini.

Si intitola Naufragar per vari motivi. Uno, perche' l'Infinito di Leopardi e' una della poesie che piu porto nel cuore e la voglia di naufragare nell'infinita' oltre la siepe continua viva e forte. Due perche', data la grande propensione alla vita nomade (di entrambi), naufragare, sembrava un verbo appropriato per descriverci. E tre perche' ci serviva un titolo che andasse bene in tre lingue (italiano, spagnolo e portoghese), che non e' cosa facile da trovare, ve lo assicuro.

Abbiamo creato un link diretto all nostra collezione di foto. Per adesso trovate solo il nostro album di foto del matrimonio ma contiamo di pubblicare tutte le foto dei nostri viaggi (...con calma che sono tanti ma l'idea e' di cominciare a condividere con il mondo piuttosto che lasciarle nel dimenticatoio di un computer).

Speriamo vi piaccia,
lasciateci pure commenti e opinioni, ma soprattuto seguiteci e spargete la voce!!!!!

Un caro abbraccio
Ale&Antonio"

Un bacione!
Claudinha e Fabio

Passado o tempo...

Há alguns meses não postamos nada em nosso Blog.
Julgávamos que conseguiríamos manter uma certa 'rotina' nas publicações no blog. Entretanto, isto não tem sido possível, como podem perceber pela ausência de posts.
Desde ontem, estou muito provocada a partilhar com vocês três assuntos.

Partilharei-os enviando um post de cada vez...

O primeiro diz respeito à amizade.
Recebi duas belas mensagens que partilho com vocês como símbolo desta experiência marcante na vida da gente: ter amigos.

"AMIZADE"
A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
A amizade as aproxima e irmana.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
A amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura,
demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina."
(enviado por Márcia Leardine)

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril." - Fernando Pessoa
(enviado por Inez Muniz Garcia)

Beijos,

Claudinha

Já fez um ano!

Há dois dias completou 1 ano que iniciamos o Caminho de Santiago.

Aqueles que acompanham o Peripécias há mais tempo, e seguiram-no à época (ou pouco depois, pois as postagens foram escritas depois da viagem), sabem aquilo que passamos/vivemos/presenciamos. Aqueles que não, podem aproveitar a passadinha por aqui e procurar os textos afins... E fotos e vídeos...

Foi uma experiência incrível, daquelas que podem separar a vida em "antes" e "depois".

Para nós, foi uma grande experiência dentro de outra grande experiência. Já havíamos nos tornado "cidadões do mundo" mas, não tão completos quanto depois desta jornada.
Sempre nos perguntam: e qual foi a melhor parte?
Hoje podemos responder: tudo!

Várias coincidências deram as cores daqueles dias, como o encontro que tive, na noite anterior ao início da jornada, já dentro de um dos albergues (na cidade do Porto). No mesmo quarto em que estava (eram separados em ala masculina e feminina), encontrei uma pessoa do interior de SP que estava acabando de acabar o caminho. Vinha da França, ido à Santiago e, depois, "descido" até o Porto. Não fez tudo a pé, mas foram mais de 30 dias... Os pés deles estavam cobertos de bolhas!! Antes não tivesse visto: como seria ter tantas assim? No "nosso" final, já em Santiago, nem eu, nem Cláudia, tivemos uma sequer!

Com a mesma pessoa, fiquei sabendo que se pode fazer mais de 40Km por dia. Era possível alguém aguentar isso por mais de 20 dias seguidos: ele havia.
Por fim, ainda descobri que ele também operava no Mercado de Capitais... Coincidência? Não... Apenas afinidades...

Na manhã seguinte começamos a jornada de mais de 11 dias.

Neste dia, 26 de maio, do ano passado, completamos outro aniversário: a primeira jornada ao lado de nossos amigos australianos: Ian, Sandra e Andrew. Ficamos juntos até o final. E até hoje...

Por enquanto é isso...

Beijos

Excertos de um silêncio

Que sliêncio!

Não acabou, não... Como dissemos, o blog continuará, mas, de forma diversa. Ele ganhou vida, e não podemos simplesmente encerrá-lo. Como não está. Na verdade, o silêncio momentâneo diz mais que qualquer outro texto...

Hoje, não dói mais. Mas, até pouco tempo atrás, pensar em Portugal doía no coração. Incrível a ligação que construímos com aquele cantinho do Mundo! Os amigos, os lugares, nosso dia-a-dia. A simplicidade que aprendemos vivenciar e admirar foi a peça fundamental. Sem nenhum luxo, fomos felizes. E como fomos!!!!

Recomeçamos nossa vida na terra natal. Ainda estamos em "convalescença", mas, bem mais adaptados. Os primeiros dias foram MUITO difíceis... Vínhamos totalmente "zen", quase desintoxicados, e aterrisamos num lugar que não era mais o mesmo para nós... Que teste! Engrandecedor!

Menos de 48h depois de chegarmos, a Cláudia já voltou ao trabalho: rotina, mudanças, encontros, desencontros. A adaptação teve de ser rápida. E dolorosa...

De minha parte, tentei manter um rumo próximo ao que havia criado: sem um trabalho formal, ocupar a mente com várias atividades.

A Cláudia definiu bem: o rompimento não aconteceu quando fomos à Portugal. Ele aconteceu em nosso retorno ao Brasil...

Estamos mais vivos de o que nunca, tentando colocar em prática tudo aquilo que aprendemos naquele ano. Acho que estamos nos saindo muito bem...

Agora, graças ao Thiago, consegui um excelente emprego. Eu e Cláudia estamos adorando nosso novo cantinho, com um sofá novo que, nas tardes de domingo, convida ao sono. Estamos perto da família e de grandes amigos. E sentimos saudades de nossos grandes amigos de lá! O Rafa disse uma vez: "vida de ex-imigrante é dura: tá sempre com saudade do outro lado..."

É isso aí! Grandes Beijos de saudades

Nós e coisas pitorescas

Foram muitas as situações e experiências pitorescas que vivemos nas terras d'além mar.
Escolhemos algumas imagens que as representam para partilhar com vocês!!



Beijos

De cara nova

O Peripécias tá de cara nova. Mas, não é uma simples mudança...

Voltamos à terra aonde nascemos (nesta passagem, claro). A ideia do blog começou para mantê-los informados, de forma divertida (ou quase) do tanto de coisas que fazíamos no 1 ano que estivemos fora. Mas, confessamos, isso tomou outro rumo. Ganhou um espaço gigante em nossas vidas, e parar de dividir nossas traquinagens não faria sentido. Até porque elas não acabaram. Muito pelo contrário...

Não sabemos o rumo que tomarão as postagens - e acho isso saudável, num momento em que nossos corpos são controlados até pela câmera do prédio ao lado...

O compromisso será o mesmo, e único: dividir experiências com amigos - conhecidos ou não. Sejam por textos, sejam por fotos, sejam por videos. Ou qualquer outra coisa possível.

Enfim, queremos que se sintam em casa e bem acolhidos quando nos visitarem. A intenção é dividir, interagir, descontrair, informar, desabafar, argumentar...

Daí, já perceberam que o pano de fundo não foi escolhido à esmo (como todos os outros também não o foram). E não vamos explicar, pois a leitura é do leitor (e vá que achem um sentido melhor do que o nosso!). Provavelmente, outras coisas serão também alteradas/retiradas/incluídas. Mas, cada coisa tem seu tempo.

Acho que é isso.

Beijos

Imaginem o tamanho da encrenca!

Diretamente do meio da bagunça:

Depois de encontramos nosso novo lar, o desafio deixou de ser arrumar os móveis para, inesperadamente, cuidar de cupins!!! Aliás, uma colonia TODA!!!

Na última quinta-feira, fomos buscar nossos móveis na casa de minha tia (deixamos lá por motivos óbvios...) e fomos pegos de surpresa: nossas caixas (e o que estava dentro) viraram parede de cupinzeiro! Impressionante!

À medida que íamos tirando as caixas (ou tentar, pois elas dissolviam), víamos mais e mais cupins... Eram mais de 100 caixas! Imaginem o tamanho da encrenca!

Pois é. Hoje, domingo de carnaval, estamos arrumando nosso móveis (que ficaram em parte separada - ainda bem) e o que conseguimos salvar... Um trabalho insano!!
Vamos esperar minha tia (e tio) voltarem de viagem para ver o que faremos quanto aos cupins. Enquanto isso, ajeitamos nossa nova morada.

OBS: Ainda estamos sem conexão de internet, TV, telefone e etc em casa. Mas, nosso email funciona...

Beijos

Um ano de Peripécias!!

Ontem o Peripécias completou um ano! Ele "pegou" o bonde andando, já que os contos começam dias depois de chegarmos (precisamente 20 dias).

Neste tempo todo, não sabemos exatamente quantas pessoas visitaram, pois o contador do blog só iniciou no final de maio. Ou seja, perdemos uma boa parte das estatísticas. Porém, de lá para cá, ficamos felizes em saber que tivemos mais de 3.400 visitas! Destes, a maioria é de Portugal e do Brasil, seguidos por EUA, Itália, Canadá e Espanha. É incrível a dimensão disso... E bem legal saber que muitas pessoas que não nos conhecem (e vice-versa) curtem nossas histórias!

A vocês, nosso muito obrigado! E que as histórias, e visitas, continuem!!

Daqui a alguns dias divulgaremos algumas novidades sobre o Peripécias...

Beijos!

Na última noite

na noite de véspera de nossa saída, aquela onde temíamos ficar olhando o teto de um apartamento quase vazio, mais uma vez fomos salvos pelas mãos amigas.
A Ale e o Antonio nos convidaram para um concerto de Tereza Salgueiro, ex-vocalista do Madredeus.

Simplesmente inesquecível.

Vai um pouquinho para vocês...

Beijos

Um novo olhar

Estamos de volta... desde o dia 05, na realidade. E, na realidade, ainda estamos longe daqui... Adaptação é o nome disso?
Pois é...

Estamos bem, apesar da saudades que estamos sentindo dos nossos AMIGOS d'além mar. A eles queremos dizer que estão fazendo MUITA falta!! E que seria tão bom se a vida cá fosse como a daí...

Nossa primeira tarefa, agora, é encontrar um teto. Quase fechamos negócio ontem, mas, "entraram na frente". Acho que encontraremos um logo (que assim seja!!!).

Por enquanto é isso. Vamos colocando outras novidades à medida que forem acontecendo...

Até mais!!!

Toda a Nossa Vida de Viajante

Nestes últimos posts temos lançado mão de fotos que tiramos ao longo deste ano. Todas, sem excessão, carregadas de muito significado. E, se valem mais do que 1000 palavras, imaginem o tamanho do texto que daria se escrevêssemos!

Agora, quase partindo, postamos o vídeo que mais nos emocionou fazer. Tudo nele (fotos, textos e a música) fizeram parte desta viagem. Todos os textos do blog, desde o primeiro, estão ali contidos. Um mosaico repleto de significados.

E é com IMENSO carinho que dividimos com vocês, neste vídeo, o resumo do que foi nossa vida n'além mar.

Beijos emocionados!

Rememorações: encontros e acontecimentos

Dentre as muitas experiências vividas, conVIVER com pessoas queridas, nestas terras do velho mundo, foi fundamental para nossa sobrevivência emocional.
Obrigada amigos, amigas e familiares!
Segue um presente de agradecimento.
Beijos, Claudinha e Fabio

Rememorações Acadêmicas II

Agora, em fotos!

Beijos!!

Rememorações acadêmicas I

Estive nestes dias a re-memorar as atividades associadas ao meu doutoramento intercalar cá na Universidade de Lisboa.
Surpreendi-me com minhas peripécias acadêmicas no ano de 2010! Rs

Realizei inúmeras visitas para estudo, participação em evento ou para encontro com professores/as. Em Portugal estive na Universidade de Lisboa, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa, Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) de Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade do Porto e Universidade de Aveiro, além do Centro de Investigação em Educação da Universidade de Lisboa, do Centro Jacques Delours da Comunidade Europeia e do Centro de Recursos do Movimento da Escola Moderna de Portugal, ambos em Lisboa, e ainda o Instituto das Comunidades Educativas (ICE) em Setúbal e a Escola da Ponte, em Vila das Aves. Na Espanha estive na Universidade de Santiago de Compostela, na Universidade de Barcelona e na Universidade de Málaga, além de ter participado de um programa de rádio chamado "Palabras desde el limbo" em Barcelona. E na Itália, estive na Universidade de Bari.

Para além das visitas, tive oportunidade de 'encontros-dialógicos' com alguns professores e professoras: Rui Canário, Ângela Rodrigues, Manuela Esteves, Ana Luisa Pires, Jorge Do Ó, António Nóvoa, Sérgio Niza, Francisco Marcelino, Rui D'Espiney, Ana, Júlia Formosinho, Rosa Nunes, Idália Sá-Chaves, Francislê Neri, Augusto Ponzio, Susan Petrilli, Maria Solimini, Jorge Larrosa, Miguel Zabalza, Angel Pérez Gómez, Angel Santos Guerra, John Elliot e Júlio Groppa Aquino.

Alguns trabalhos aprovados em eventos em Portugal e Espanha, dos quais participei presencialmente, além de futura participação na Argentina em julho/2011, também compuseram minhas experiências.

E, finalmente, cerca de 500 páginas de material escrito: de estudo, de texto para a tese e de artigos publicados.

Posso dizer que vivi inúmeras peripécias acadêmicas!

Beijinhos

Rememorações: Nossas Peripécias em números

Durante estes últimos dias, fiz um "apanhado" de nossas viagens por aqui. E foi surpreendente. Por isso, dividirei com vocês este "balanço":

Fizemos 25 viagens, por 3 países: Portugal, Espanha e Itália. Só em Portugal conhecemos 42 cidades (sem contar aquelas que paramos só para comer). Na Espanha, foram umas 15 cidades e, na Itália - ah! a Itália -, foram 27, das quais somente 2 já conhecíamos.
A viagem mais longa foi de 22 dias (para a Itália), em média ficávamos 4 dias fora, e se somarmos todos os dias chegaremos próximos aos 100. Que maravilha!! Não somei os kilometros, mas, acho que demos algumas voltas na Terra...

Das 25 viagens, somente 2 fizemos sozinhos, sendo que a primeira delas foi em novembro! Ou seja, sempre estivemos acompanhados (e MUITO bem acompanhados de amigos!).

No quesito fotos, também não consegui contar, mas são mais de 10.000!!!! Várias já dividimos com vocês!

Um sem-número de surpresas e causos nos acompanharão no retorno. Dá para escrever vários livros (se fosse escritor, estaria com a vida ganha... rrsss).

Em nossos re-encontros eu e Cláudia dividiremos mais um pouco de tudo isso com vocês!!

Até já.

Uma série... fora de série!

Como dissemos em um dos últimos posts, decidimos fazer uma retrospectiva comemorativa de nossa temporada no além mar que comporá uma série intitulada "Rememorações".
Depois do aperitivo do vídeo elaborado pelo ministério do turismo de Portugal, agora informamos aos nossos seguidores que, em comemoração a 1 ano de vida que o blog completará (16 de fevereiro/2010 foi nossa primeira postagem), tomamos uma decisão: ele vai continuar! É isso mesmo: ainda não sabemos muito bem que rumo tomará depois de nosso retorno ao Brasil, entretanto, como temos várias ideias pinicando a nossa cabeça, queremos mantê-lo com vida.
Aliás, revendo e relendo os posts, há muita vida vivida e experienciada expressa nas 'curta-metragens' narradas no Peripécias. E há inúmeras outras não registradas mas gravadas na memória e umas tantas documentadas em fotografias.
Portanto, aguardem nossas "Rememorações"!

Bjs

Antes tarde do que nunca

"Rô e Fábio, bom dia! desculpe não ter respondido antes, é que infelizmente não lembrei de dar o retorno.
O que posso dizer de Portugal, é que para mim (Renata) foi tão importante ter conhecido esse país, já que nunca tive a vontade de estar na Europa, e faz tanta diferença no meu dia a dia, que se tivesse uma profissão mais atuante e definida, eu mudaria para aí sem pensar duas vezes. O Varlei "cá estais a dizeres" que são palavras dele também.
Vocês sabem que penso quase diariamente nas paisagens que avistava do comboio de Lisboa até Carcavelos, e se Deus assim permitir dentro em breve retornaremos ao país.
E finalizando como disse o otorrino do João, na ante véspera da viagem, "foi para Portugal e perdeu o lugal". E mais, eu como na véspera do embarque estava na praça de Cascais, fiquei com a imagem daquele cartão postal.
Não sei se é isso que gostaria que tivéssemos escrito, mas de qualquer forma agradecemos a oportunidade de termos estado aí com vocês, e esperamos que possam ter um bom regresso ao nosso país, "ora pois".
Beijos,boa viagem, voltem com Deus.
Rê, Varlei e JP."

O primeiro a gente nunca esquece...

Nossa "vida pública" neste blog inicia algum tempo depois de termos chegado. Quase 20 dias (se não for mais). Mas, é claro que existem causos e curiosidades a contar. Vamos ao primeiro dia...

Há um ano atrás, exatamente em 26/01/10, chegávamos em Lisboa, às 05:50 da manhã. Nada estava aberto no aeroporto. Não havia ônibus nem um shuttle de comunicação com o centro da cidade. Única alternativa eram os taxis... E assim fomos até nosso hotel.

Bem antes de chegar aqui, ainda no Brasil, havíamos reservado um hotel por 9 dias. Tempo que achávamos suficiente para nos virar, e encontrar nosso "cafofo" - hoje, faria um pouco diferente... Mas, certas coisas só aprendemos experimentando.

Chegamos ao hotel Príncipe, que depois descobrimos ser MUITO bem localizado, por volta das 06:30. Extremamente cansados, como é de se imaginar nestas viagens (não conseguimos dormir no avião). Primeira coisa que faríamos seria tomar um banho e dormir. Seria...

- Só teremos seu quarto liberado após as 10:30 - disse o atendente
- Como????

Pois é... Como havíamos chegado cedo demais, não havia quarto livre!

Sentamos no sofá da recepção. Não havia alternativa a não ser esperar... O monte de malas ao nosso lado (praticamente 200 kg!) e o sono batendo. Se ficássemos aguardando ali, não teríamos chance: dormiríamos em plena recepção do hotel. Quinze minutos depois, decidimos: fomos conhecer a região a pé. E assim fizemos.

Quase dormíamos em pé nas ruas... Devia estar engraçado ver-nos caminhar em zig-zag!

Até a próxima

Aniversário!

Hoje, ao final do dia, fará um ano que aqui estamos. E quanta coisa aconteceu! E quão rápido passou!!

E para comemorar a data, pensamos em fazer uma retrospectiva. Ainda não definimos a forma...

Para começar, aproveitamos um vídeo feito pelo ministério do turismo de Portugal, que resume maravilhosamente aquilo que descobrimos e vivemos por aqui. Como bem sabem, foi paixão à primeira vista.




Beijos

Encontro inusitado

Ontem a noite fomos com a Ci à Tasca do Chico, uma casa de fado vadio.
Chegamos por volta das 22h e sentamos na última mesa disponível. Uns minutos mais tarde, eu de costas para a porta de entrada, 'oiço' uma voz conhecida... e era!
Uma colega de Campinas, que foi da Unicamp! Dá pra acreditar nisto?
Pois... ela (Lilian, que está ao lado do Fabio) chegou ontem mesmo diretamente de Viracopos a Lisboa com uma amiga e como ficará somente cinco dias cá, aproveitou a indicação de outra amiga sobre a Tasca do Chico e lá foi.


Foi divertido! Fato inusitado!
Bjs, Claudinha

Aproximação

Toda experiência tem um começo e um fim.
Agora é chegado o momento de despedidas e de re-encontros.
Confessamos que dá um 'frio na barriga' viver a ruptura e re-começar de volta à nossa terra Brasil.
Da experiência vivida em Portugal, despedimo-nos. Expectativas superadas. Energias renovadas. Projetos ressignificados. Desejos revigorados. Certezas questionadas. Incertezas redirecionadas. Novos saberes. Muitos aprendizados.
Em breve estaremos em solo brasileiro: faltam menos de 20 dias!

Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando...
(...)
A hora do encontro
É também, despedida

Música: Encontros e Despedidas
Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant

Até já!
Muitos beijos

Pôxa vida...

Ontem, enquanto estávamos em Lisboa com a Ci, tocou nosso telefone... Era a Ale! Ela tinha acabado de chegar do Brasil!

Mas, como assim? Não era no dia 14?
Não, era ontem mesmo...

Não estava preparado para isso... Como farei com Bastet, a gata? E meu vínculo afetivo com ela, jogado ao nada?

Pois é... Já era... Perdi minha filha... rrssss

Mas, ainda bem que a Ale está de volta!! E já temos uma porção de coisas para fazermos juntos! Uma delas é voltar à Serra da Estela, para ver neve! Haja coragem!
Vamos ver se dá certo...

Beijos

Giro rápido

Já sabem que a Ci está conosco... E aproveitamos o clima "ameno" e chuvoso para passear por aí. Juntaram-se à nós a Inez, a Socorro, o Pedro (filho da Inez) e o Lucas (amigo dele). Aonde fomos?

Primeiro à Mértola: uma cidadezinha do baixo Alentejo, próxima ao Algarve e à Espanha. Um "rincão escondido" de nós, forasteiros, mas que valeu a visita! Ainda conserva alguns sítios com ruínas dos tempos romanos; a igreja matriz ainda tem traços da antiga mesquita (construíram sobre ela) e, além disso, ostenta em seu ponto mais alto as muralhas do Castelo Medieval.

Depois, à Sevilha - Espanha: não sei, mas tenho a impressão que a Andalucía (cuja capital é Sevilha) é uma das regiões mais bonitas que conheço (lado-a-lado com Toscana, Galícia e Alentejo)... Ela não esconde seu passado, preservando muitos dos traços da arquitetura árabe nas mesquitas, nos minaretes e etc. Depois de ter visitado Granada e Málaga - nesta mesma região - agora Sevilla confirma a hipótese: a Andalucía é um dos lugares que todos deveriam conhecer antes de morrer... É inspiradora!!! Dá vontade de morar por lá...

Ci, Socorro, Lucas, Inez, Eu, Pedro

Hoje, segunda-feira, estamos de "molho"... A Ci, que chegou aqui direto da praia - vindo do Brasil - está com resfriado. Bom para por as coisas em dia. Afinal, o retorno está próximo...

Até já!

A passagem de ano

Passamos o ano novo em casa de portugueses. Fomos convidados pelo João, um amigo que conhecemos no aniversário da Ale.

É claro que aceitamos. Estávamos muito empolgados com o encontro, pois conheceríamos mais alguns costumes de nossos patrícios.

E lá fomos nós, chegando por volta das 22h. Era uma reunião familiar, onde somente eu e Cláudia éramos estrangeiros. Ao contrário do que nos disseram, para esta ocasião, e sendo o João (nosso anfitrião) carregador de MUITA experiência exterior à Portugal, ficou combinado que cada um levaria o que comer e beber (e, se der, um prato de doce). Nós levamos um "cuzcuz" (salgado, como deve ser...) e um bom vinho alentejano. À mesa haviam: homus-terrine; patês; presunto cru; saladas; quiche; um queijo típico (não sei qual era); pães; além de chilly (aquele molho mexicano) para ser misturado ao arroz (ou qualquer outra coisa que gostasse). Havia, também, um doce típico que se chama Molotof (e que não explodiu): uma espécie de pudim à base de claras. Enfim, pratos bem sortidos e leves. Nada de bacalhau à "alguma moda". As bebidas: vinhos (alentejanos na maioria) e refrigerantes - não havia água ou suco.

Na hora "H", seguiram um costume local (não sei se é em todo país): comeram doze uvas-passa. Depois brindamos - moderadamente - e ficamos um pouco mais. Fomos embora perto das 1:30h, junto com todos.

E foi isso. Bem calmo e tranquilo... Tanto é que não temos nenhuma foto.

Fica nosso agradecimento ao João e a todos que lá estavam, pela acolhida e troca de experiências.