segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Até parar de pulsar...

Como sabem, eu e Fabio estamos 'aprendizes da maternagem e da paternagem'...
Estamos, sob nosso ponto de vista e apoiados nas referências que temos construído, confiantes de que nossos passos parecem certos na direção de um momento para o nascimento de nosso-nossa bebê que seja respeitoso. Humanizado.
Sim! É possível que tenhamos mais respeito e humanidade nos procedimentos com a mãe e com o bebê durante o processo do nascimento: é dar tempo-e-espaço para a mãe-natureza agir e, se necessário, haver o mínimo de intervenção dos profissionais envolvidos.
Desta forma, escolher a via do nascimento humanizado é ter conhecimento acerca dos procedimentos pelos quais mãe e bebê passarão e, então, fazer escolhas conscientes e necessárias, permitindo que este momento de transição seja o mais suave e seguro possível.

Uma das descobertas mais incríveis que fizemos foi à respeito do cordão umbilical: no útero, ele faz o papel de transportar sangue rico em oxigênio e alimento ao bebê; é constituído por duas artérias e uma veia e é feito de um material gelatinoso. Após o nascimento do bebê, o cordão continua exercendo sua função, ao mesmo tempo em que, naturalmente, as vias aéreas respiratórias do recém-nascido e seus pulmões começam a funcionar. Enquanto não funcionam normalmente, o cordão continua a pulsar... pode levar por volta de cinco minutos (ou um pouco mais) para que o cordão pare de pulsar e deixe a mãe-natureza agir pelo funcionamento da respiração pulmonar. Além disso, assegura também um momento mais suave de transição para a separação que acontecerá com o "clampeamento", pois agora, mãe e bebê são dois seres viventes no nosso planeta Terra. No livro que citei em post anterior, de Leboyer, ele nos escreve (LEBOYER, F. Nascer sorrindo. p.74):

Duplamente oxigenado, o cérebro do bebê não sente, em nenhum momento, falta de oxigênio. Nada faz funcionar o sistema de alarme. Nem agressão, nem cianose, nem pânico, nem ângustia. Uma passagem lenta e progressiva de um estado a outro. O sangue, por seu turno, muda de rota sem problemas. Os pulmões não são forçados em nenhum momento. Nem externa nem internamente”.


Aprendizado. Respeito ao tempo. Escolha consciente.
Aprendizado. Partilha.
Aprendizado humanizado!

Beijinhos!
Claudinha

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Para lembrar


Em clima de paternidade, eis que escrevo meu primeiro post em meses... Preguiça? Não... Diria falta de inspiração.

E já se vai quase um ano de retorno. Com as coisas já bem encaminhadas, nós estamos curtindo a vida, exercitando aquilo que aprendemos do lado de lá do atlântico: partilhar, receber, amar, respeitar. Confesso que aqui, no lugar de origem nossa, é BEM mais difícil. Mas, vá lá, também é BEM mais divertido.

Falta, temos muita de nossos amigos: Ale, Antonio, Rafa, Erisson... Também temos sentido MUITA falta da simplicidade da vida de lá. E das viagens. Ah! as viagens! Não que estejamos passeando pouco por aqui. Fato é que não consigo explicar com palavras. A foto aí embaixo explica tudo! foi tirada por mim, numa das últimas viagens que fizemos. Era o dia 19 de dezembro de 2010 e estávamos entre Castelo de Vide e Marvão, indo em direção à Ammaia, ruínas de uma cidade romana com milhares de anos, em pleno Alentejo! - Ah! o Alentejo!
Espero que curtam, tanto quanto nós curtimos!
Beijos