quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quando o tempo é curto, fazemos muito mais do que parece ser possível

por Douglas


Évora está a aproximadamente 1h30 de distância de Lisboa. Nós tínhamos que estar no aeroporto de Lisboa às 14h para embarcar rumo ao Brasil (Snif, snif!). Não sei vocês, mas eu, há algum tempo atrás, acharia que seria coisa demais para se fazer até 2 da tarde.

Contrariando a máxima de que o tempo passa muito rápido e de que não temos tempo para nada, entre 8h e 14h pudemos fazer tudo e mais um pouco e o tempo nem passou tão rápido assim. A paisagem entre Lisboa e Évora é maravilhosa, repleta quase todo o caminho por plantações de sobreiro, uma árvore da família do carvalho (vixi, acabei de descobrir que os sobreiros são parentes seus, Fábio!), a partir da qual se extrai a cortiça e se faz a rolha. Fantástico! Às 9h35 deixamos a “dita-cuja” na Universidade e fomos estacionar o carro, como bem descreveu o Fábio*. Nosso objetivo era retornar ao meio-dia. Nas 2 horas e 25 minutos que se seguiram pudemos caminhar ao lado do aqueduto mencionado, percorrer o centro histórico, visitar o Templo de Diana, tomar (bem tranqüilos) café na praça e ainda tivemos templo de caminhar pela rua do comércio e apreciar os produtos que lá fazem com cortiça, como bolsas, carteiras, guarda-chuvas, sapatos, etc.

Não bastasse isso tudo, a Cláudia nos ligou para dizer que não precisaria participar das atividades vespertinas. Fomos buscá-la e antes das 2 da tarde estávamos nós 4 no aeroporto. Naquela manhã fizemos mais do que, às vezes, planejamos fazer durante o mês. E isso foi só o que fizemos na última manhã. Aguardem para ver com detalhes o que nós fizemos nos outros 9 dias que antecederam Évora.

Abraços,
Douglas

*conforme post "A mão que balança o cesto" (nota do editor)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Memórias de Santiago - A serra-elétrica


Já era o sexto, ou o sétimo, sei lá qual era o dia de caminhada. Não importa. Havíamos chegado em Rubiães, uma megalópole portuguesa de, no máximo, 1500 habitantes... Uma vila típica da região dos vinhos verdes, cheia de paisagens cinematográficas, onde o caminho de Santiago cruzava, e até por vezes entrava, nos parreirais. O relevo dava o tom da marcha: nas subidas, um pouco mais lenta; nas descidas, era um “sai da frente”, mas sem preocupação de chegar... Enfim, estávamos numa típica vila de interior, cercada de parreirais, com muita gente simples e acolhedora.



Nos instalamos no albergue oficial, cuja recepção tinha uma mesinha, um livro, mas nenhuma pessoa. Cada um fazia seu “chek-in” e deixava sua colaboração: em Portugal o habitual era deixar 3 euros por pessoa. O carimbo também era por conta, bastando pegá-lo e usá-lo. Ou seja, um sistema de auto-gestão, que ocorre em outros albergues do caminho em Portugal. Na Espanha, a coisa muda...


O albergue, onde antes era uma escola primária, é bem confortável (para os padrões do peregrino, leia-se), possuindo um amplo dormitório com vários beliches, banheiros separados (em alguns o banheiro de homens e mulheres é o mesmo), duchas excelentes (aliás, em todos eles a ducha era MUITO boa), sala de jantar/estar e cozinha minimamente equipada. Mas suficiente para fazermos um espaguete à carbonara, nosso jantar daquele dia, prato chefiado pela Cláudia e apoiado por nós 4 (Eu, Ian, Sandra e Andrew). Já na sala de jantar, com a mesa decorada pela Sandra, inclusive com flores da época recém colhidas, conhecemos um padre espanhol que estava realizando, pela enésima vez, o trajeto. Foi interessante vê-lo discorrer a respeito do Brasil, e de sua situação econômica. Estamos virando vitrine! Que bom (ou não...)! Muito simpático, na manhã seguinte veio para se despedir de nós. Infelizmente, não o encontramos mais...

Albergue de Rubiães - foto da partida, na manhã seguinte...

Porém, o melhor do albergue estava reservado para a noite... Já havíamos notado que existem muitos coreanos fazendo o caminho. O motivo parece ser a fama do trajeto por aquelas bandas... Não sei exatamente porque. De qualquer forma, nesta noite peguei uma cama próxima da de um coreano. Antes não tivesse feito isso... Deitamos após o jantar, mais ou menos às 22h, e tentamos dormir. Meia hora depois, e nada... Mas, consegui relaxar e iniciei aquele estágio de semi-sonolência, onde o sonho se mistura com a realidade. Lembro-me até agora do sonho: estava num lugar que não conhecia, cercado de gente, todos em pé, e eu no meio da roda de pessoas. Do outro lado, uma pessoa toda vestida de preto, só com os olhos à mostra, empunhando uma espada! Comecei a entender a situação: estava numa arena onde, do outro lado, estava um ninja! Ou algo parecido... De repente, este personagem começou a girar sua espada, fazendo malabarismos, e gritando, o mais alto que podia, e começou vir em minha direção! Caramba! O que faço agora?! Onde é a saída? Comecei a correr, dando voltas na arena, e aquele maluco atrás, não parando de berrar, e eu correndo. Até que vi uma porta. Seria a saída? Não sei... O importante é que era uma porta, e foi para lá que corri, com todas as minhas forças e, quando estava quase chegando, escorreguei e bati forte nela! Acordei! Foi aí que percebi, então, que ao meu lado, no quarto, o coreano roncava tão alto quanto uma moto-serra e, nos “intervalos”, ele berrava coisas na língua dele (ou qualquer outra ininteligível...). Perguntem se consegui dormir depois... O cara não parou de roncar durante toda noite! Depois, por volta das 4h da manhã, ele levantou, arrumou suas coisas e se foi. E nós, que não dormimos a noite toda, tínhamos algumas horas para tentar descansar um pouco... Se o visse numa próxima paragem, não ficaria perto. Mas, não encontramos ele até o final. Ainda bem!


Dormimos como uns anjinhos na noite seguinte! Só acordei com meu próprio ronco, e o resto do quarto dando risadas... Será que eles entendem português?


Beijos

A mão que balança o Cesto

No último dia da Fer e do Doug aqui, no Além-mar, fizemos uma incursão "meio-forçada" à Évora. A razão do "meio-forçada" é que, não fosse por um congresso da Cláudia por lá, não iríamos. Mas, não é por que não vale a pena, MUITO PELO CONTRÁRIO. É que quase não tivemos tempo para incluí-la...



Assim que chegamos, fomos deixar a razão da visita (leia-se Cláudia) na Universidade de Évora, e partimos em busca de uma vaga para o carro - é claro que, em estando lá, daríamos uma volta no centro histórico. Achamos um lugar bem próximo ao centro. Sem mapa da cidade nas mãos, mas aproveitando que já estivera lá, fomos seguindo meu senso de direção. Entramos por uma ruazinha perpendicular ao nosso carro, na qual enxergava-se, ao fundo, uma sequencia de arcos - o aqueduto da cidade. Quando atingimos este "paredão arqueado", notei coisa que não havia notado antes: nos vãos formados pelos arcos, foram construídas casas! Isso mesmo! Suas fachadas ficavam na forma do arco, e o resto se estendia para trás (ou lado, depende da referência...)! Era a construção ecológica daquela época (mesmo sem eles saberem), pois poupou material. Muito interessante! Para prosseguirmos a caminhada, a muralha não deixava opção, tivemos de escolher entre direita ou esquerda. Escolhemos a primeira, ainda bem!



Entramos nesta outra rua, que margeia o aqueduto, calçada com pedras e com um leve aclive. Ela era (ou é) bem estreita e, a partir do ponto que entramos, conseguíamos ver o final (apesar disso, vocês acham que não havia trânsito, e que eles maneiravam na velocidade?! Ledo engano!!). Mal tínhamos entrado, quando levamos um susto: ao nosso lado, na altura de nosso ombro, balançou, ameacadoramente, uma cestinha de vime! Sem dar aviso nenhum! Como assim, uma cesta de vime, pendurada por uma corda?! Sem avisar, ainda por cima... Olhamos para o alto, até o final da corda, e notamos que havia inteligência neste balançar: um senhor (bem velhinho por sinal), pedindo para alguém da padaria ao lado colocar os pães! A cena foi impagável (nós paramos do outro lado da rua para ver, é claro): uma senhora, provavelmente chamada Maria, saiu da padaria com um saquinho de pães, e, antes de colocá-lo na cestinha, pegou o dinheiro de dentro, e virou as costas. Mal havia dado o segundo passo quando, a "mente-por-trás-do-cesto", reclamou o troco! - Dna. Maria, o troco!! - Ah! sim, havía-me esquecido! - Aqui, ó Manuel (acho que era esse o nome dele). E o velhinho iniciou a ascenção do cesto. O que foi outro espetáculo, pois no caminho do térreo até o 3º andar, haviam as beiras das janelas. A cada enroscada, era uma palavra nova para meu dicionário! E o velhinho, provavelmente com a prática de anos, desenroscava com muita naturalidade... Foi sensacional, e encantador, ter presenciado isso!!



Essa é rua. Foto de nossa primeira visita à Évora (Fev/2010)


Ao Doug, que está com as fotos deste evento (tiramos, é claro), peço para enviá-las! Assim que as tiver, coloco para vocês.

Eis o acontecido!!! Foto tirada pelo Doug, no exato momento que a Maria deixa o troco e volta para a padaria...


Esse espetáculo não teve data nem hora marcadas. Teve local, sim, mas não se sabe quando os artistas estarão presentes. Faz parte da peça "As pequenas coisas da Vida", de autor conhecido. E NÃO TEM PREÇO!



Beijos



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Reveja seu plano de viagem...

Portugal é um país cheio de boas surpresas. Especialmente, para quem se propõe a ser um 'verdadeiro' viajante.
Em cada lugar, a descoberta de belas paisagens, construções pitorescas, pessoas curiosas, vinhos nacionais para todo gosto (alguns feitos na própria 'quinta'), comida boa e sobremesa variada (a maioria à base d'ovos, é claro!). Enfim, em cada lugar, um acontecimento (no sentido bakhtiniano).
Para quem gosta de monumentos históricos (datados de 200 até alguns 1000 anos - castelos, ruínas, igrejas, mosteiros...), há.
Para quem gosta de centros históricos que guardam a marca do passado em cada detalhe, há.
Para quem gosta de parques e jardins bem conservados em que se pode curtir a natureza e aproveitar dos espaços públicos coletivamente, há.
Para quem gosta de quintas (sítios e fazendas), há muitas.
Para quem gosta de programação cultural (exposições variadas, dança, música, canto, museus, shows, performances, fotografia...), há diversidade.
Para quem gosta de arte rupestre... há inúmeras! Para curiosidade, em Portugal há mais de 300 (isso mesmo, 300!) localidades de arte rupestre, com destaque para os complexos do Vale do Rio Côa e Vale do Tejo, a gruta do Escoural e a Anta pintada de Antelas em Oliveira de Frades.
Para quem gosta de contato com a água - do rio ou do mar - há muitas opções. E com elas, a prática do surf, de velejar, de mergulhar, de nadar...
Para quem gosta de praticar esportes, há espaços públicos bem equipados para a prática de triathlon, corrida, caminhada, bike e muito mais.
Para quem gosta de fazer trilhas... ah! são muitas as possibilidades de norte a sul do país. Basta escolher o tipo de paisagem que quer ver.
...
E, como não podemos guardar isto só pra gente... escrevemos.
Ainda bem que vocês que leem este blog têm o privilégio de acesso a estas informações! E temos certeza que já não é a primeira vez que o bichinho da vontade de vir a Portugal está cutucando...
Heheheh
Bjs, Claudinha

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Resumo dos últimos acontecimentos

Faz algum tempo que não colocamos nenhuma historinha por aqui. Por isso pergunto: alguém sentiu falta?! E eu mesmo respondo: se até nós sentimos falta de dividir nossas experiências, imaginem quem costuma passar para uma espiadela... Mas, temos justificativa! E vocês já devem saber qual é: voltamos a ser turistas, junto com o Doug e a Fer. Foi incrível! Vamos a um resumo dos acontecimentos (não necessariamente em ordem cronológica)...






Eles chegaram no fim da tarde, após uma viagem longa, e por isso tivemos um resto-de-dia "light". A agenda não estava pronta, mas a lista do que fazer já estava na ponta da língua: nós 4 criamos uma antes deles chegarem. E tinha coisa pra "xuxú"! No início, concentramos nossas atenções à nossa região, o que incluía as cidades e as praias. Depois, exploramos regiões "distantes", de carro. O roteiro ainda incluiu um show da Norah Jones (ingressos comprados com antecedência, é claro)!


Visitamos lugares que já conhecíamos (como contou a Cláudia), o que nos proporcionou um outro novo-olhar: como descrever a sensação de, não só confirmar a primeira impressão, mas notar outros detalhes que a ampliaram? Lisboa esconde segredos, guarda tesouros e é cheia de maravilhas! O que dizer dos mirantes, com suas vistas cinematográficas?! E do Bairro Alto, com sua vida noturna intensa?! E de Alfama, testemunha viva de como era a cidade antes do terremoto de 1755?! E do Castelo de São Jorge, que domina, imponente, o centro da cidade?! E da Torre de Belém?! E do mosteiro dos Jerônimos?! E do Padrão do Descobrimento?! E dos parques e praças, muito mais do que bem-cuidados?! Cansaram? Pois é! E não foi tudo...


Ainda na região, fomos conhecer/explorar a cidade de Sintra, que é Patrimônio da Humanidade! Foi a primeira vez de todo mundo, nossa também... É inadmissível não conhecê-la! Estou me perguntando até agora porque demorei tanto para ir lá! E só visitamos o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros. Faltaram ainda o Palácio Nacional, o Mosteiro dos Capuchos, Monteserrate...


Visitamos, também, os domínios dos cavaleiros templários: Tomar. Lá, fomos ao Convento de Cristo, erguido no século XII (por volta de 1100). Não consigo descrever quão sensacional ele é, mas posso dizer que pretendíamos visitar outros lugares naquele mesmo dia, só que não conseguimos: demoramos mais de 4h por lá. E não chegamos a conhecer todo ele!


Depois, pegamos o carro para nos aventurarmos no "além-muro". Fátima, Dornes, Óbidos, Évora, Porto, Vila Nova de Gaia, Lamego etc. Fizemos, ainda, a rota do Douro (onde é produzido o vinho do Porto), no trecho que liga as cidades de Peso da Régua e Pinhão. A estradinha vai margeando o rio Douro, não se afastando mais de 2 metros da água (isso mesmo, 2 metros) e nos conduz através de uma das regiões mais bonitas que vi na vida - foi declarada Patrimônio Paisagístico da Humanidade!


Um capítulo à parte foi a gastronomia: aposto que nós 4 ganhamos a companhia de alguns quilinhos... A maioria dos restaurantes merece um "repeteco", principalmente aqueles que foram uma grata surpresa, como o "Adega de Azenha". É uma portinha que beira a estrada (para sair, você tem que olhar para os dois lados, para não ser atropelado) e que reserva aos comensais os prazeres de uma EXCELENTE e premiada cozinha. Os vinhos, é claro, foram onipresentes nas refeições: do vinho verde (branco ou tinto) ao vinho do Porto, passando pelos alentejanos e os do Douro.


E, depois de tudo isso, pergunto: por que ainda não vieram para Portugal? Venham, antes que invadam!

Beijos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Outro olhar

Lisboa muda com a presença de amigos.
Muda porque cá eles estão.
Muda porque olhamos com outros olhos o que olhamos antes.
Muda porque temos companhia para olhar juntos.
Muda porque dialogamos sobre o que cada um/uma olha.
Muda porque nos faz ver o que não havíamos visto antes.
Muda porque nos faz ver o mesmo de outro jeito.
Muda.
Simplesmente, muda.
E muda de um jeito tão bom que não dá pra descrever.
Dá sim pra narrar o vivido e cada um/uma imaginar o tanto que nossos olhos mudam com a presença de amigos.


Bjs, Claudinha e Fabio ; Fer e Douglas

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Recadinho de Alegria...

Hoje estamos em mais um dia de êxtase!
Fer e Douglas, nossos assíduos frequentadores e comentaristas do blog, cá estão!
Pois é, quiseram pegar um vôo do Brasil e vir ter conosco pra conhecer de perto o que contamos no blog!
Dá pra imaginar o tanto de aventuras que viveremos cá?
Fiquem tranquilos que partilharemos com vocês algumas de nossas histórias juntos...
é claro, pra deixar um gostinho de "também quero"!
Heheheheh

Bjs, Claudinha e Fabio

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Protesto!

Ontem, por volta das 18h, recebo uma ligação no mínimo duvidosa. Pensei até em trote. Veja se não tinha razão: a pessoa que me ligou, informou que eu fora convocado para trabalhar nas eleições presidenciais (do Brasil, é claro), como mesário, aqui em Portugal. Justo eu, que nem transferi meu título para cá, ser convocado?! Estranhei a princípio. Mas, no desenrolar da conversa, passei do estranhamento à decepção: era verdade! Como assim, perguntei-me (como perguntaria qualquer um), ser convocado para trabalhar numa eleição que nem votar irei? Meu título está no Brasil, nem transferido foi! Vale?! Está na regra?! Quem disse?! O juiz viu a falta? Cometi algum “Penalty”?

Pois é, sem choro nem vela... Hoje, tive de me apresentar no consulado para “assinar” a cartinha de convocação. Chique, não?! Em seu texto lê-se:
“Tendo em vista a eleição presidencial, e nos termos do Artigo 13, caput, da Resolução TSE nº 23.207, de 11/02/2010, tenho a honra de nomear Vossa Senhoria para exercer a função de 1º secretário...”
Pura ironia do destino, e do texto também! Ou alguém acredita que o trecho “(...) tenho a honra de nomear (...)” foi escrito seriamente?! Tenho alguma possibilidade de escolha? E o tom irônico prossegue, fazendo-me rir a cada vez que leio. Confiram, e digam se estou errado:

“Ao agradecer-lhe, desde já, o cumprimento desse dever cívico (...)”

Se é um dever, por que alguém tem de me agradecer? Além disso, por que é um dever?

E, como este tipo de convite é sempre MUITO BEM VISTO por quem o recebe, o último parágrafo fecha com chave de ouro:

“Permito-me recordar que o não comparecimento, (...) sujeitará o infrator à pena de multa (...)”

Que delicadeza, não?! Porém, podemos justificar falta! Mas, só em casos específicos. Ou seja, você só pode faltar nos casos que eles acham que você poderia faltar. Não há livre arbítrio...

Tem algum jeito? Acho que não... Quanto à questão de “amor a pátria”, “dever cívico” etc., tenho certa relutância em aceitá-los. Essas ideias/argumentos/ideologias (chame da maneira que lhe convier), têm em sua base o orgulho, que é a raiz de TODOS os problemas do ser humano. Ou seja, elas mais atrapalham do que ajudam (de onde vocês acham que vem a xenofobia??). Não seria MUITO mais interessante termos livre arbítrio para decidir? E, além disso, não seria MUITO mais interessante também, receber uma cartinha MAIS simpática, e sem ameaças ao final?!

Mas, quem se importa? Afinal, devemos fazer tudo em nome do ciNismo. Quero dizer, ciVismo...
Beijos cheios de protestos!

Uma diferente "bebemoração"

Há uma semana, mais ou menos, tenho vivido um sentimento diferente...
Normalmente a esta época do ano, já estou mobilizando as pessoas, pensando no conteúdo e na forma de um encontro, no lugar... para uma única (e importante!) razão: comemorar meu aniversário.
O dia de nosso nascimento é, para mim, uma das representações mais importantes da vida. Em meu modo de pensar, nosso "ano" recomeça neste dia, pois representa o marco de nossa história neste mundo. Por isso gosto tanto de comemorar. E sempre junto com muitos outros.
Lembrei-me que desde os 18 anos (e alguns que leem este blog irão lembrar até porque lá estiveram... rs) costumo reunir as pessoas - família e amigos - para celebrar meu aniversário. Vinte anos depois... (que nostalgia!) reafirmo que isto me dá muita alegria e prazer (ainda que uma "quase 40ona" - [ou será porque "quase 40ona" - rs).
Porém... este ano não mobilizei nada nem ninguém. Por uma razão única, é claro: as pessoas estão no Brasil e eu em Portugal.
Sentimento estranho.
Porpus, então, ao Fabio que eu e ele e ele e eu - portanto, nós quatro! - amanhã [pr'aqueles que não sabem e/ou não lembram, 9 de julho, dia do meu aniversário] façamos um piquenique durante o dia em algum dos maravilhosos parques de Lisboa. Vamos todos nós (os 4)! Porque afinal de contas, jamais posso deixar de comemorar!
Sentimento de animação!
mas... acho que sou meio 'narcisista', sentia que faltava algo... as outras tantas pessoas...
Então, resolvi convidar vocês todos, amigos e familiares leitores do blog, para 'irem' comigo amanhã ao piquenique. Cada um precisa encontrar um jeito de estar lá!
Convite feito!
Agora sim: tô mais que animada!!
Heheheheheh

Bj, Claudinha

segunda-feira, 5 de julho de 2010

É verão na nossa praia!

Eu e Fabio estávamos desconfiados que o verão aqui precisava ter outra denominação... até ontem!
Domingo, dia 04, vivemos um dia de verão 'a brasileira' com temperatura em torno de 35 graus, mormaço (sem umidade, é claro) e vento quente!
Antes disto, estávamos mesmo achando que teríamos um 'verão' com temperatura no sol de 30 graus, ao mesmo tempo em que na sombra fazia 21... com vento gelado o dia todo e que por volta das 18h fica ainda mais 'fresquinho'. Além disso, indo à praia reafirmava nossa falta de coragem de entrar no mar (diga-se, banhar-se no mar) por causa da água quentinha de, em média, 18 graus...
Agora, resta-nos saber se foi um dia de verão ou se teremos mais pela frente, já que este período se estende até o final do mês de agosto.
Uns dizem que dias assim são poucos. Outros dizem que são muitos.
E nós, o que diremos?
No final de agosto contaremos para vocês.
Para nosso deleite, e o de vocês - assim o esperamos, segue uma foto do verão na nossa praia (tirada ontem mesmo) e outras fotos com curiosidades.

Abaixo duas fotos sendo uma tirada ontem no nosso super verão e outra tirada uns quatro dias atrás... (é 'praticamente' o mesmo lugar...). Conseguem perceber a diferença? Rs...


Três curiosidades:

- Cachorros também são visitantes comuns em nossa praia...



- O 'guarda-vida' é motorizado.



- Há, por toda a praia, chuveiros com água para as pessoas banharem-se e/ou lavarem os pés.



É verão na nossa praia!!

Bjs, Claudinha

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Copa

Estamos passando por uma experiência interessante: assistir a uma Copa do Mundo fora do Brasil. Para quem imagina que a coisa é igual, já adianto que está MUITO enganado! O país não pára: os bancos funcionam, como todo o resto. Não há gritaria, nem histeria: há apenas um jogo de futebol. Importante, é claro, mas não do tipo “o mundo vai acabar se perder isso”.

A maioria dos jogos, assistimos em casa. Quero dizer: eu assisto em casa, pois a Cláudia só assiste alguns. Exceção são os jogos do Brasil, quando nos reunimos no café de nossos amigos, para torcermos juntos. Hoje, dia da derrota para a Holanda, não foi diferente. Mas, o clima é MUITO diferente do que é costume no Brasil. Não há torcedores fanáticos (eu era o único que “berrava”). Ninguém discute o que o técnico poderia fazer. Depois, em caso de vitória, ninguém sai às ruas em “buzinasso”. Enfim, é bem diferente. A sensação é de que nem estamos numa copa! Acho que é só no Brasil que TUDO pára!

Talvez por isso, não estou puto-da-vida com a derrota da seleção. E isso me fez um bem danado! E, para melhorar ainda mais minha sensação de desprendimento, lembrei que nenhum dos jogadores terá seu salário diminuído por conta disso (gostaria de ver uma cláusula dessas no contrato deles. Já imaginaram o quanto iriam deixar de fazer cena e começar a correr?!). Portanto, qual a diferença se eu ficasse nervoso? Para eles, jogadores, NENHUMA. Para mim, poderia ganhar... uma úlcera!

Pois é, a copa já era! E fiquei com um MICO na mão: alguém aí QUER COMPRAR UM ESPREMEDOR DE LARANJA? Não foi usado!


Beijos