No último dia da Fer e do Doug aqui, no Além-mar, fizemos uma incursão "meio-forçada" à Évora. A razão do "meio-forçada" é que, não fosse por um congresso da Cláudia por lá, não iríamos. Mas, não é por que não vale a pena, MUITO PELO CONTRÁRIO. É que quase não tivemos tempo para incluí-la...
Assim que chegamos, fomos deixar a razão da visita (leia-se Cláudia) na Universidade de Évora, e partimos em busca de uma vaga para o carro - é claro que, em estando lá, daríamos uma volta no centro histórico. Achamos um lugar bem próximo ao centro. Sem mapa da cidade nas mãos, mas aproveitando que já estivera lá, fomos seguindo meu senso de direção. Entramos por uma ruazinha perpendicular ao nosso carro, na qual enxergava-se, ao fundo, uma sequencia de arcos - o aqueduto da cidade. Quando atingimos este "paredão arqueado", notei coisa que não havia notado antes: nos vãos formados pelos arcos, foram construídas casas! Isso mesmo! Suas fachadas ficavam na forma do arco, e o resto se estendia para trás (ou lado, depende da referência...)! Era a construção ecológica daquela época (mesmo sem eles saberem), pois poupou material. Muito interessante! Para prosseguirmos a caminhada, a muralha não deixava opção, tivemos de escolher entre direita ou esquerda. Escolhemos a primeira, ainda bem!
Entramos nesta outra rua, que margeia o aqueduto, calçada com pedras e com um leve aclive. Ela era (ou é) bem estreita e, a partir do ponto que entramos, conseguíamos ver o final (apesar disso, vocês acham que não havia trânsito, e que eles maneiravam na velocidade?! Ledo engano!!). Mal tínhamos entrado, quando levamos um susto: ao nosso lado, na altura de nosso ombro, balançou, ameacadoramente, uma cestinha de vime! Sem dar aviso nenhum! Como assim, uma cesta de vime, pendurada por uma corda?! Sem avisar, ainda por cima... Olhamos para o alto, até o final da corda, e notamos que havia inteligência neste balançar: um senhor (bem velhinho por sinal), pedindo para alguém da padaria ao lado colocar os pães! A cena foi impagável (nós paramos do outro lado da rua para ver, é claro): uma senhora, provavelmente chamada Maria, saiu da padaria com um saquinho de pães, e, antes de colocá-lo na cestinha, pegou o dinheiro de dentro, e virou as costas. Mal havia dado o segundo passo quando, a "mente-por-trás-do-cesto", reclamou o troco! - Dna. Maria, o troco!! - Ah! sim, havía-me esquecido! - Aqui, ó Manuel (acho que era esse o nome dele). E o velhinho iniciou a ascenção do cesto. O que foi outro espetáculo, pois no caminho do térreo até o 3º andar, haviam as beiras das janelas. A cada enroscada, era uma palavra nova para meu dicionário! E o velhinho, provavelmente com a prática de anos, desenroscava com muita naturalidade... Foi sensacional, e encantador, ter presenciado isso!!
Essa é rua. Foto de nossa primeira visita à Évora (Fev/2010)
Ao Doug, que está com as fotos deste evento (tiramos, é claro), peço para enviá-las! Assim que as tiver, coloco para vocês.
Eis o acontecido!!! Foto tirada pelo Doug, no exato momento que a Maria deixa o troco e volta para a padaria...
Esse espetáculo não teve data nem hora marcadas. Teve local, sim, mas não se sabe quando os artistas estarão presentes. Faz parte da peça "As pequenas coisas da Vida", de autor conhecido. E NÃO TEM PREÇO!
Beijos
Um comentário:
Poxa fiquei triste nem citaram que na primeira viagem tinham minha companhia kkkk OK ta´valendo. Grande abraço para vcs. Estou gostando de ver as peripécias por aqui.
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