sábado, 22 de maio de 2010

Filosofando um pouco...

Sobre a experiência...
Em meus estudos e leituras, uma das 'coisas' sobre as quais tenho me debruçado um pouco é sobre o que podemos colocar dentro da palavra "experiência".
Para que isto?
Para formar, para mim, um conceito do que é isto e poder escrever a minha tese marcando este "lugar", embora saiba de antemão que os efeitos de sentido do leitor poderão ser múltiplos e que isto também faz parte de meu texto. É como se eu quisesse ter um "lugar" de apoio. É isto.
Neste percurso intelectual tive oportunidade de conversar cara a cara com Jorge Larrosa, filósofo e professor espanhol, com quem me encontrei em Barcelona, conforme já sabem um pouco da história em texto postado anteriormente.
O Larrosa é o cara que construiu uma definição de experiência que, para mim, é - por enquanto - a melhor. Sabe aquela situação de quando ao ler o que alguém escreve ficar com a legítima sensação de que é exatamente aquilo que você pensa e mais, que aquele jeito que escreveu é o melhor?
Quando leio o que o Jorge escreve sobre a experiência é isto o que me acontece.
Então...
Relendo um livro dele outro dia, em um trecho eu disse ao Fabio: estas palavras precisam ir para o blog porque diz do que sinto com a própria existência do blog e o que tem feito conosco, provocado em nós e nos outros.
Então... (rs)
Aqui estão as palavras que desejo (e o Fabio também) com-co-partilhar com vocês:

"... a experiência é o que nos passa e o modo como nos colocamos em jogo, nós mesmos, no que se passa conosco. A experiência é um passo, uma passagem. Contém o "ex" do exterior, do exílio, do estranho, do êxtase. Contém também o "per" de percusso, do "passar através", da viagem, de uma viagem na qual o sujeito da experiência se prova e se ensaia a si mesmo. E não sem risco: no experiri está o periri, o periculum, o perigo".
LARROSA, Jorge. Nietzsche & a Educação. Trad.: Alfredo Veiga-Neto. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. (Pensadores & Educação, 2). p.66-67.

Bj, Cláudia

terça-feira, 18 de maio de 2010

Jornada às Estrelas

Esta semana entramos nos últimos preparativos para uma jornada que pensamos fazer há um bom tempo.
Antes de sair do Brasil, bem antes aliás, já havíamos combinado que, um dia, faríamos o caminho de Santiago de Compostela. Razões não faltam: viajar, conhecer pessoas outras, vivenciar situações inusitadas, conhecer nosso limite (temos??), nos entregar à Mãe natureza, etc. Loucura, disseram uns; sensacional, outros. Serão aproximadamente 300 Km de Porto até Santiago, a pé, ao longo de aproximadamente 13 dias. Uma média, aproximada também, de 25km por dia. Haja calçado!! Fazer este caminho sem se preparar seria insano! Agora, na semana que antecede nossa ida, precisamos acostumar nosso corpo, e principalmente nossos pés! Fizemos o seguinte: desde domingo último, em dias alternados, andamos 20 km. Eu, inclusive, já fiz minha mochila e estou carregando ela nas costas desde já, para treinar mesmo! Hoje, foi o 2º dia do "longão" (apelido carinhoso que demos para este treino) e estamos nos dando bem. Porém, só neste teste, a Cláudia já ganhou uma bolha; eu ainda estou "ileso". Só sinto os ombros por conta da mochila, que, depois de uns kilometros, parece pesar 1 tonelada!! - ela deve estar com uns 8kg...
No mais, antecipo que estaremos "offline" por alguns dias (de 24 de maio a 08 de junho aproximadamente). Talvez, consigamos dar uma olhada no nosso email, mas não podemos garantir. Ao longo do caminho, é claro que anotaremos as histórias à lápis e papel (tudo no estilo antigo, como deve ser), para depois trascrevê-las a vocês. Esperamos exercitar nossos corpos e, acima de tudo, exercitar algo que deveríamos fazer sempre: o convívio, a amizade, a partilha, o respeito. Enfim, praticar Caridade!
Ah!, esqueci de dizer: levaremos vocês conosco, ok? Então, sintam-se "exercitados".

Beijos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O chá é por conta deles...

Hoje vivemos mais uma maratona na SEF e querem saber se ela já terminou?
A resposta é: N Ã O!
Pra quem ainda não sabe, a SEF corresponde à intituição responsável pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em Portugal. Lugar onde eu e Fabio peregrinamos três vezes para eu, finalmente, ter o visto de residência por um ano no país.
Na última vez em que lá estivemos, conferimos com a funcionária a documentação a ser levada no próximo agendamento - que foi hoje pela manhã - para fazermos o pedido de "reagrupamento familiar" do Fabio.
Chegamos lá às 10h com nossa entrevista agendada para às 10h30. De cara já nos avisaram que a previsão de atendimento era às 14h30!!
Não havendo outra opção, lá ficamos e lemos e conversamos e fomos tomar uma 'bica' e ficamos observando as pessoas e fizemos tudo isso de novo até que fomos atendidos, enfim, às 16h.
Sentamos junto à funcionária e abrimos a pasta de documentos (porque são cerca de uns dez!) e fomos entregrando a medida em que ela nos pedia.
De repente...
Ela olha, vira e mexe e olha de novo nossa certidão de casamento (aquela original que se tem no Brasil, que é oficial do cartório e que, inclusive, substitui nossa carteira de identidade) e diz:
- Não está autenticada.
E nós então explicamos para ela que tipo de documento é e blá-blá-blá. E ela replica:
- Mas para nós isto precisa ser autenticado para ser considerado um documento legal.
E nós, indignados, dissemos que este é o documento original e, portanto, legal. E, não bastasse isto, ainda ouvimos:
- E tem mais... este documento nem tem mais validade! Aqui as certidões tem validade de 6 meses e a de vocês é de 2003, portanto, está vencida!
Imaginem a nossa cara, a nossa raiva e a nossa vontade de...
Resumo: não passamos no teste dos documentos e teremos que voltar em julho para nova entrevista.
E o mais desafiador até lá será termos que descobrir como transformar nossa certidão de casamento original em 'autêntica'.
Se alguém souber... agradecemos a ajuda (rs!)
By Cláudia

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quase: um nome próprio

Todo mundo tem um (ou vários) dias do "Quase"... Quase fiz isso, quase consegui aquilo, quase cheguei lá... Eu, como ser-humano que sou, já tive os meus. Mas um, em especial, foi MUITO quase! Havia, inclusive, prometido a vocês ter de inventar outros sonhos se realizasse aquele. Pena, pois não o realizei, mas, cá entre nós, que bom: haja criatividade para ficar criando sonhos!

Quando de nossa vinda à Portugal, a Cláudia me perguntou sobre o que gostaria muito de fazer. Quais seriam meus sonhos por estas bandas? E eu, "humildemente", respondi só ter um (e é verdade): assistir a um jogo do Federer. Só esse. O resto, seria bônus de fair-play (hehehe). E havia me preparado, desde o Brasil, para realizá-lo. Tinha, entrementes, idealizado o local: Roland Garros - para mim, não havia local mais adequado. Pois vejam: é realizado em Paris; o Guga já venceu 3 vezes; o único Grand Slam (maiores torneios de tênis) em quadras de saibro (terra batida); etc. Ou seja, gostaria de realizar meu sonho num cenário à altura. Porém - também o porém, questões financeiras me convenceram do contrário. Precisaria de aproximadamente 700 euros (indo sozinho), o que, num orçamento de estudante, é impraticável.
Assim o foi, sendo ainda sonho, até o dia em que descobri que o cara (Federer) viria à Portugal, jogar o Estoril Open. Daí para frente vocês acompanharam... Porém, o que a maioria de vocês não sabe, é que o Quase deu as caras por lá. E em grande estilo, é claro...
Estava escalado, a princípio, para trabalhar no torneio até a 4ª feira. Neste dia, aconteceria o 1º "facão" dos juízes de linha, pois o torneio "afunila" e não seriam necessários todos. Porém - ainda bem que tem o porém, passei neste "corte". Deram-me um bônus de mais 2 dias (quinta e sexta) para trabalhar e conseguir realizar meu sonho. Realizei-o, como já sabem, na sexta. Mas aí, veio o 2º "facão". Obvimente, não esperava fazer as finais, pois o número de juízes cai de 70 para apenas 30. Porém - bendito porém(!), fui selecionado para fazê-las! E isto significava quebrar um "tabú" (que os novatos não passam para a fazer final), e, MUITO além disso, significava que ENTRARIA EM QUADRA para fazer um jogo do Federer!!! Em outras palavras: se o meu sonho inicial seria apenas assistir ao jogo dele (o que já havia acontecido àquela altura), imagina entrar em quadra!?

Preparei-me mentalmente para a situação - para mim, não seria fácil... No dia, sábado, cheguei mais cedo para evitar qualquer "aparição" do Quase (já virou nome próprio...). Conferi minha "escalação" e estava lá, não tinha jeito: iria fazer o jogo dele! Sensacional! Parecia uma criança! Mas - agora é a vez do "mas", começara a chover. E ela, a cântaros, não parava. À medida que passavam-se as horas, o dia, obviamente, ficava mais curto: a agenda teria de ser alterada. São Pedro "aliviou" após as 16h, o que dera a chance do torneio acontecer naquele dia. Contudo - (amigo do "porém" e do "mas"), minha equipe de juízes ficou em outro jogo que não no dele... Tudo bem, pensei, amanhã "pego" ele na final! Entretanto - (toque de Midas do "porém", do "mas" e do "contudo"), ele perdeu a partida... Resultado: não fiz o jogo dele por conta da chuva E por conta dele mesmo...

Aquela foto que postei do Federer, quando ele soube que fui convocado, já me alertava: ele estava com medo de me enfrentar... hehehe. Ainda pego ele!

Placar final: Quase 2 x 0 Fabio.

Beijos

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fome... e saudade

Não podia deixar de partilhar o que acabo de ler em Clarice Lispector:

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando
se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão
profunda que a presença é pouco: quer-se absorver
a outra pessoa toda. Essa vontade de ser o outro
para uma unificação inteira é um dos sentimentos
mais urgentes que se tem na vida".
(In LISPECTOR, Clarice. Aprendendo a viver: imagens.
Rio de Janeiro: Rocco, 2005, p.19.)

Bjs
(by Cláudia)

Ampliação de repertório gastronômico... (socorro!)

Somente em terras d'além mar é que eu entendi o que minha mãe dizia e eu ouvia quando ainda morava na casa de meus pais: "o que faço hoje para o almoço e/ou jantar?".
No Brasil, em função da minha e da rotina do Fabio, raramente cozinho/cozinhamos em casa. Há semana em que isto nem acontece e outras em que exercitamos a arte uma a duas vezes...
Aqui em Carcavelos é diferente: cozinhamos praticamente TODOS os dias. Por duas simples razões: primeiro porque é mais econômico e segundo porque ficamos em casa a maior parte do tempo.
E, por isto, descobri: meu repertório grastronômico é l-i-m-i-t-a-d-o. As dez a quinze opções culinárias já se esgotaram há muito tempo (rs).
Então, resolvi pedir ajuda: sabe aquela receita de dia a dia que você e os seus tanto gostam? Pois é, manda pra mim u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e?
Rs...
Porém, não pode ser muito elaborada não, pois aqui só tenho uma batedeira simples e um forninho elétrico. Nada de liquidificador, mixer, forno etc.
Então... há restrições.
Quer contribuir?
Mande para meu e-mail: clauferreira@hotmail.com
Agradecemos!
Cláudia (e Fabio)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Agradeço a Ele

Como vocês sabem, passei por uma experiência que nunca imaginaria passar. Foram 9 dias, dos quais 4 foram um "baita" bônus, nos quais presenciei, protagonizei, auxiliei, senti, me emocionei, me surpreendi, com as coisas que envolvem uma paixão, que andava recolhida: o tênis. Um pouco deles já descrevi nos textos abaixo, mas, tenho pensado num modo de transmitir, através de um texto, as emoções que senti. Porém, não consigo.. Já fiz mais de uma dezena de rascunhos... Desisto. Fiquei muito envolvido emocionalmente com tudo o que aconteceu. Por isso, vou apenas me atrever a contar, a relatar e a descrever um pouco disso tudo. O resto, fica por conta de vocês...

Inicialmente, não imaginava, sequer, fazer parte da equipe de juízes de linha do Estoril Open. Fiz minha inscrição para o curso (em fevereiro) e fui ao 1º encontro. Era o único brasileiro, no meio de um "montão" de portugueses. Foram 4 ou 5 encontros e, em todos, não havia certeza de quem iria para o torneio. Em cada um, comemorava o fato de não ter sido "riscado" da lista. No penúltimo, realizado no mesmo lugar do Estoril Open, foi dada a notícia: fora selecionado. Depois, veio a última reunião, onde pudemos “treinar” os olhos com atletas profissionais, e tudo voltou... - para quem não sabe, quase joguei profissionalmente, mas, tive de percorrer outro caminho. Nestes longos anos longe do esporte de alta-competição (18 para ser exato), conheci outras coisas que me fazem, hoje, o Fabio que vocês conhecem. Inclusive, a relação com o tênis é outra (é obvio...). Porém, meu tênis, hoje, é TOTALMENTE diferente do meu tênis de 9 dias atrás.
Não me lembro de dias tão intensos quanto estes 9 últimos. A sensação que tenho é parecida com o momento após o banho, depois de termos “dado o sangue” num jogo. Alguns dos momentos mais marcantes foram:

1 – Ser selecionado para fazer o torneio;
2 – Estar em quadra ao lado de profissionais;
3 – Assistir ao treino do Federer;
4 – Ser selecionado para a segunda fase do torneio (os novatos geralmente não passam);
5 – Assistir a um jogo completo do Federer;
6 – Ser selecionado para a fase final do torneio (os novatos NEM SONHAM com isso);
7 – Fazer a semi-final, com mais de 3.000 pessoas assistindo e torcendo como se estivéssemos na Copa Davis e, ao sair da quadra, ser elogiado por todos os coordenadores e organizadores;
8 – Fazer a final do campeonato, na quadra central, com mais de 5.500 pessoas torcendo pelo jogador local (Frederico Gil) – fiquei tremendo dos pés à cabeça durante todo o tempo, tal a energia que sentia dentro da quadra!!!

Acho que esses são os principais. Existem outros, e cada um deles dá uma história – como a da quadra central (nunca esquecerei aquele momento!). Talvez, ao longo do ano escreverei sobre alguns. Mas, por enquanto, quero saboreá-los sem transformá-los em texto. Meu coração não sabe escrever...

Beijos

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Último encontro... assim, é claro!

Ontem eu e Adriana fomos, mais uma vez, presenteadas com um encontro com o professor António Nóvoa!
Ele nos recebeu novamente para uma breve conversa (uns 40 minutos!) em meio a tantos compromissos, como ele mesmo nos disse.
O encontro foi marcado por um verdadeiro acontecimento (bakhtinianamente falando) e nos fez acreditar ainda mais que podemos ser sabidos e preservarmos sermos gente.
A razão desta nova 'visita à reitoria' era simplesmente a despedida da Adriana e a minha declaração de que eu não vou embora e quero me encontrar mais vezes (rs), e ser portadora de um convite 'oficial' para uma ida dele ao Brasil para uma atividade no Acre...
Assim... este foi "nosso" - meu e da Adriana - último encontro juntas, assim...


Prédio da Reitoria da Universidade de Lisboa
06 maio 2010

mas... faremos outros, em outro formato... a Adriana do Brasil e eu, ainda por um tempo, aqui de Portugal.
By Cláudia

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Para além do alambrado, by Cláudia

Alguns e algumas já perguntaram: cadê o Fabio? Tem mais notícias do Estoril e do Federer?
Digo-vos: o Fabio foi selecionado para continuar como juiz de linha na próxima etapa do Estoril Open que iniciou hoje e vai até amanhã!!
Não é demais?
Parabéns, meu amor, valeu seu esforço e dedicação!
Quem sabe amanhã a tarde você não é escalado pra ficar na mesma quadra em que jogará o Federer?
Vamos torcer todos e todas pra isto!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Apenas um alambrado...

Hoje foi simplesmente sensacional!! Sabem por quê? Porquê fiquei a menos de 1 metro do "cara". E ele não estava de passagem, mas sim na quadra ao lado! Foi assim:

Hoje pela manhã, ficamos sabendo as quadras onde ficaríamos. Eu fui escalado para ficar na quadra nº3, onde os torcedores são, via de regra, o técnico e os familiares dos jogadores. Por isso, já me preparei para ter um dia "tranquilo". Porém, logo após o almoço, senti que algo acontecia: havia muitas pessoas próximas ao local onde ficam os jogadores. De repente, um rapaz, segurando um guarda-chuva aberto (num dia de sol), com camiseta "Roger Federer I Love You", sai correndo e gritando histericamente. Aí, matei a charada: o "cara" está por aqui. Mas, como faço parte do time de juízes, não posso me dar ao luxo de ficar "tietando" quem quer que seja. Por isso, segui meu rumo para mais 1h30m de trabalho em meio a poeira...

Ao longe, vi uma multidão reunida em torno da tal quadra nº 3 (aonde fora escalado) e pensei: os jogadores devem ter bastante parentes, pois havia lido seus nomes e não os conhecia. Cheguei em cima da hora para entrar. Tive, inclusive, que pedir licença ao público que atrapalhava a entrada: quase que o portão fecha e me deixa para fora (foi por pouco). Entrei, e logo vi uma multidão nas arquibancadas e em torno do alambrado, mas, segui para meu "banquinho". Porém, quando olho para a quadra ao lado, separada apenas por um alambrado de 1,5m de altura, adivinhem quem estava lá? Ele mesmo! Roger Federer!!! O cara!!

Roger Federer em Estoril Open 2010 by C.R. Ferreira

Foi sensacional vê-lo treinar. Ele faz o tênis parecer o esporte mais fácil do mundo! E, importante notar, nunca havia visto um jogador tão rápido na minha vida!! E isso foi no treino! O primeiro jogo dele será na quarta-feira. Espero conseguir ver, pois ainda estarei a serviço do Estoril Open (quem sabe, não serei escalado para fazer a quadra central?!). Vamos ver... Torçam daí, que torço daqui!

Observação: difícil, foi ter que prestar atenção no jogo que estava apitando...

Beijos

sábado, 1 de maio de 2010

Meu primeiro dia...

Enfim, cheguei ao final do 1º dia do Estoril Open inteiro!! Quer dizer, inteiro, porém, em partes iguais... O que senti em quadra não é muito diferente de quando jogava. Nervoso de início e, logo que começava, já "entrava" no jogo.

Foi sensacional ver alguns "moleques" jogando. Um que me chamou muita a atenção foi um polonês, cujo nome não me atrevo a escrever. Daqui a pouco deve estar batendo os top 50: saque "destruidor"; direita idem; esquerda muito bem batida, e ainda por cima, sabe ir à rede... Desse, eu não ganharia (rrsss). Deve passar o qualy e, dependendo da chave que pegar, deve ir até a 2ª ou 3ª rodada. Vamos ver. Ah, se eu vir novamente ele jogar, anotarei o nome no papel para escrever para vocês, ok?

Do lado negro da força, isto é, do lado bizarro, eu presencei, pela primeira vez na vida, uma tenista, que estava disputando um qualifying de um ATP tour, sacando POR BAIXO! Para quem não sabe o que é isso, mal comparando, seria o mesmo que um jogador de futebol cobrar um pênalty e sair pela lateral... Bizarro... O pior, é que a adversária não conseguia quebrar o serviço (ela chegou a chorar por causa disso)... Ainda bem que a Henin e a Cljsters voltaram...

De resto, quero apenas descrever como é um pouco do nosso dia-a-dia. Vejam abaixo. À medida que o torneio for acontecendo, colocarei mais histórias...

No início do dia fazemos uma reunião e, depois, somos escalados em times (com 5 juízes de linha) que são distribuídos entre as quadras. Cada uma das quadras recebe 2 equipes, para haver revezamento (não queriam que ficássemos o tempo todo, não é?!). Hoje, fui escalado para ficar na quadra nº 1. Haviam 5 jogos a acontecer nesta quadra, mas, acabaram sendo realizados 8 (isso mesmo, fiz 8 jogos!!!!). Foi tênis que não acabava mais... Já enjoei.. BRINCADEIRA!! Eu quero é mais!!!!!
Minha equipe já foi logo entrando em quadra, no início do 1º jogo. Revezaríamos com a equipe de fora a cada 1h. Estava nervoso no início, até porque fiquei com uma das posições mais complicadas em equipes com 5 juízes, que é a linha lateral - nesse tipo de formação (5) o juíz da linha lateral tem que tomar conta de TODA a linha lateral. Quanto digo TODA, significa TODA mesmo: tanto do lado da rede que estamos, quanto DO OUTRO LADO DA REDE. Por isso, imaginem ter que enxergar uma bola, batida por um profissional, que vai no fim da outra quadra (do lado de lá da rede) e, ainda por cima, na linha... "Facinho"... rrssss

Mas, sobrevivi, e sem NENHUM ARRANHÃO! Muito pelo contrário, acertei todas as bolas duvidosas, menos uma, que foi bem na minha frente!!! Mas, tudo bem, hoje ganhei de goleada...

Para amanhã, faremos novamente equipes de 5 juízes. Acho que na segunda-feira já faremos equipes de 7 juízes. Aí, o juíz lateral terá seu trabalho facilitado (e muito): tem que cuidar só de seu lado da rede...

Por hoje é só.

Beijos