Quadra central do Jamor
Para quem não sabe, a Davis é o que o tênis tem de mais parecido com o futebol: a torcida é pelo país, e não pelo jogador, então imagine como ficam as arquibancadas! Se nunca foi a uma partida dessas, vá. E se depois disso realmente não gostar de tênis, então o problema é seu! Foi sensacional estar dentro da quadra. Dá para sentir a torcida empurrando o jogador, dá para sentir o frio na barriga, o nervosismo. Foi impressionante! Para quem joga, então, é um Nirvana! Não tem preço!
Foram 3 dias intensos: o primeiro jogo durou 5:15. Isso mesmo: cinco horas e quinze minutos!! (Mais alguns minutos e passaria a final de Federer e Nadal em Wimbledon que durou pouco mais de 5:30). O segundo jogo do dia durou pouco mais de 3h. Ou seja, ficamos um tempão trabalhando! Coitado do juíz de cadeira, que tem de ficar o tempo todo sentadinho... Nós, juízes de linha, alternamos de 45 em 45 minutos com outra equipe (ainda bem...). No segundo dia, seguindo o cronograma de todos os confrontos da Taça Davis, é a vez do jogo de duplas. E lá fomos nós... Mas, foi rápido: 2:30 (hehehe). Portugal abriu 2x1 na Bósnia, e dependia somente de uma vitória no dia seguinte, quando aconteceriam os dois últimos confrontos. Pois bem, no último dia nossa tarefa foi facilitada, já que Portugal venceu logo no primeiro confronto. Mesmo assim, como rezam as regras da Davis, joga-se o último, porém, as equipes optam pelos jogadores reservas e, ao invés de ser melhor de 5 sets, é melhor de 3 sets. Fomos mais cedo para casa!
Porém, assim eu pensava, quando meu amigo Luís Santos, também juíz de linha, chegou e me perguntou:
- Quer apitar um jogo exibição?
- Como assim?
- Acabo de ser convidado para apitar um jogo exibição e preciso levar alguns para ir comigo. Queres ir?
- Hoje?
- Sim, logo mais às 19h
- Ok, fechado.
E lá fui eu, sem saber nem onde seria o evento, ou melhor, sem saber nada, a não ser que tratava-se de um jogo de exibição...
Quando chegamos é que vi o tamanho da "encrenca"! Estávamos num evento empresarial d'uma marca de cosméticos (Oriflame), cheio de "quere-que-quê", garçons pra tudo que é lado, comida à vontade, e jogo de tênis rolando solto. Tratava-se de um "campeonato interno" de duplas, onde os vencedores teriam como prêmio jogar com duas jogadores profissionais. Bacana, né? Eu achei também. Aí seguiu-se:
- Luís, quanta pompa, não?
- Você não viu nada. Tá vendo aquela mesa ali?
- Quanta gente em volta? O que é?
- Pois é. As tenistas profissionais estão ali. ´
- Mas precisa de tudo isso?
- São a Wosniacki e a Jankovic
- Ah! Precisa sim, é claro - disse eu.
Para quem não as conhece, apresentá-las-ei: Wosniacki (Caroline) é a atual nº 2 do mundo e a Jankovic (Jelena) é ex nº1 do mundo. Entenderam? Preciso explicar mais alguma coisa?
Da esquerda para a direita: Wosniacki, Luís, Ana, Eu, Jankovic
Como já dissemos: acontece cada uma conosco desse lado do mar...
Beijos
2 comentários:
Fábio,
Continuo te acompanhando no circuito do tênis, viu?
Estou adorando!
Bjs, Renata
Re,
Obrigado pela força que manda daí!
Um beijão para todos!
Postar um comentário