Confesso que ficamos abatidos depois de ontem. Estamos há algum tempo procurando morada e, até agora, nada. Pior: o tempo está acabando - o dinheiro do hotel está contado e restam só mais 4 dias. Se nada der certo, teremos de ir para um quarto.
De qualquer forma, a noite de ontem foi útil para uma coisa: concordamos em explorar regiões próximas à Lisboa como, por exemplo, Oeiras. Uma rápida procura pela internet já nos trouxe algumas opções por lá. Entramos em contato e conseguimos agendar apenas uma, em Carcavelos. As demais, ou já estavam arrendadas ou não era possível marcar visita para esta semana. “Luz amarela”: parece que não conseguiremos um local fixo no prazo. Precisamos de mais tempo. Hora do plano B: procurar por um quarto. Nessas horas, é necessário recorrer aos amigos: pedimos a uma brasileira o contato do quarto que morara e que, segundo ela, é limpinho, bem localizado e com bom preço. Conversamos com a dona da casa para passarmos por lá amanhã de manhã. Estava decidido: passaríamos um mês neste quarto, tempo suficiente para acharmos nossa residência definitiva.
À tarde, depois dos telefonemas, do almoço “não-sei-aonde”, (com certeza nada acima de 5 euros), fomos à Oeiras junto com a Adriana, nossa amiga que mora por lá. O lugar é muito bonito: o centro histórico exibe uma arquitetura típica da Itália (ruas estreitas, casas grudadas, paredes em tons pastel, janelas esguias). Enfim, gostamos do que vimos. Como Carcavelos é vizinha à Oeiras, ficaríamos com a Adriana conhecendo um pouco mais da “vila”. Partiríamos 30 minutos antes.
No caminho para o encontro, nossa expectativa não era das maiores. Apesar de termos nos encantado com a vizinha Oeiras, Carcavelos não fora bem recomendada pelo guia: “lugar de operários”. Descemos na paragem (estação) Carcavelos do comboio (trem), saímos e perguntamos sobre a Quinta do Barão. Seria fácil chegar, mesmo a pé (nosso caso, sempre). Estávamos atrasados em 10 minutos e seguimos rapidamente. Já estava escuro, ninguém nas ruas, todo comércio fechado. Uma garoa fina acabara de molhar o asfalto. Só nós “passeando” por Carcavelos (pelo menos, essa era a sensação). À medida que deixamos a paragem do comboio para trás, começamos a reparar no casario, nas fachadas, na arquitetura local. Em nosso primeiro contato com a cidade, nada nos pareceu ser aquela uma “vila” de operários. Muito pelo contrário: em todas as ruas havia casas enormes (coisa que em Lisboa nem se sonha), jardins bem cuidados, ruas limpas, prédios (não mais que 3 andares) muito bem construídos e de linhas elegantes. As surpresas, excelentes, se repetiam: cheiro de lenha queimando na lareira; uma pizzaria charmosa; cheiro de incenso. Assim foi até chegarmos ao endereço. Ou melhor, de sermos “resgatados” pela Maria José (proprietária), já que tínhamos nos perdido. Da mesma forma que a cidade, tanto a proprietária quanto o apartamento nos surpreenderam. Não precisamos procurar mais. Achamos nosso lugar!
2 comentários:
Muito bom poder saber de vocês. Parabéns pelo novo ninho! Manda um abraço para a Maria José. Heheheheh... Douglas e Fer
PS: quando puder, coloquem fotos para que possamos confrontar com nossas imaginações...
adorei a novidade, apesar de não ter entendido nada.
O QUE VCS ESTÃO FAZENDO AÍ?
saudade
bjs Deise e Joãos
AMEI AS FOTOS
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