Como expliquei em post anterior, escrevemos apenas o 1º dia em nosso "diário". Não sei por que, mas, não tivemos vontade de continuar... A vivência com outras pessoas, e o descanso, eram bem mais importantes. Mas, fiquem tranquilos, pois lembramos de todas as histórias (como esquecê-las?!) e as colocaremos aqui. De qualquer forma, temos o 1º dia já escrito. Espero que gostem desta primeira etapa! Divirtam-se!
Nosso primeiro dia:
O início, como todos os inícios que conheço, trata-se do começo. É claro! Mas, não só, pois traz também o antes-do-início: pesquisa, curiosidade, vontade, dúvidas, mais pesquisa... A única coisa que é comum ao antes-do-início e o início, que eu me lembre, é o "frio-na-barriga". Enfim, começamos.
Em frente à Sé do Porto, cercados de vento, muito vento, e alguns turistas franceses, demos o primeiro passo (não contei quantos foram até o final, é claro...)*. Guia na mão, mochila nas costas, nuvens carregadas no céu, agradecemos ao Nosso Pai e... fomos... encontrar as setas amarelas. Todo o caminho é marcado por elas. E, o mais impressionante, já havíamos estado nos locais onde elas estão e nunca as havíamos visto! E são tão "discretas"... Prova de que só vimos aquilo que queremos. Essa foi a 1ª lição do caminho.
Nesta primeira etapa, de Porto à Vilar do Pinheiro, fizemos 18 Km, dos quais 15 foram em meio urbano. Chegamos ao "albergue" (na realidade, trata-se de um hotel "chinfrim") facilmente: fomos "carregados" pelas setas amarelas! Praticamente há uma a cada 150 metros. A chuva, como prevíamos, caiu pesada. Mas, demos conta dela: ficamos embaixo da marquise de um prédio até ela acabar. O que levou 15 minutos. Além dela, também deram as caras o sol e as pedrinhas, que insistem em entrar no tênis.
Nosso destino desta etapa (Vilar do Pinheiro) é uma pequena vila com um povo muito acolhedor: logo à entrada, adentramos num café para pedir informação e o dono parou o que estava fazendo, nos acompanhou até o lado de fora e nos indicou o caminho. À noite, no restaurante, o pessoal não fugiu à regra (nossa comida esfriou de tanto que conversamos!). A moça que nos atendeu queria saber tudo do caminho, pois, disse ela, só passam por lá peregrinos que não falam português! - à propósito: comemos um robalo à manteiga e tomamos um belo vinho branco (da casa, é claro...).
Amanhã, continuaremos caminhando, de corpo e mente abertos. Coração idem. Vamos em frente! Próximo destino é São Pedro de Rates, à 20Km daqui.
Que assim seja!
Beijos
*nota do narrador após terminada a empreitada
2 comentários:
Fábio,
tem certeza que a Claudinha só levou esta mochila????
Meu Deus que evolução!!!
bjs
Cris
Cris,
Peregrino faz coisa que até Ele duvida!! As fotos não me deixam mentir... sozinho... HEHEHEH
Brincadeiras à parte, foi só isso mesmo... Menos que o trivial, e um pouco a mais que o necessário para sobreviver. Isso é o que o peregrino leva (ou deveria levar).
Beijos
Postar um comentário