É claro que não ficamos “plantados” no portão. Ficamos vagando, sem direção, por entre as ruazinhas estreitas e sinuosas do bairro. Sempre atentos aos mínimos detalhes, notamos que naquela região existem muitos passarinhos em gaiola. Geralmente periquitos. Em um lugar ou outro encontramos gatos e pombos (toda a Europa que conhecemos é povoada por gatos e pombos). Mas, antropológica mesmo, é a experiência dos varais – e escrevo isso pensando na Rosaura. Ah! os varais. Aqui em Portugal, e na Itália (exceção à algumas cidades grandes), os varais fazem parte do dia-a-dia. Imaginem no Brasil, em qualquer centro de cidade, ter à altura dos olhos as roupas de alguém estendidas na janela!? Peças íntimas incluídas!! O costume é esse nestas bandas...
E foi assim que, entre os passarinhos engaiolados e gatos ariscos, a Cláudia percebeu uma preciosidade. Raríssima! Um mini-varal, parecendo "meio" improvisado, exibia um lindo par de meias. Rotas!!!
Já havia avançado mais que ela. Alcancei o final da rua quando, lá de trás, ouço: - Sorry! A voz era da Cláudia... Sorry?? Não entendi...
Ela me explicou minutos depois:
- Poxa, bem na hora, o cara abre a porta.
- Que hora?
- Eu liguei a máquina, fiquei acertando o ângulo e quando apertei o botão, ele abriu. Fui pega em flagrante: estava tirando a foto da meia! Ficou horrível!
- Deixa ver, disse eu. Ah! Vai para o blog!!
E assim foi... E assim veio...
A foto, de meia-meia (entenderam?!) e do dono “intrometido” está aí...
Um comentário:
Pra foto sair assim, bem enquadrada (rs), imaginem o susto que levei... além do 'sorry', é claro, pra não entregar minha 'brasilidade'.
Bjs
Postar um comentário