domingo, 21 de novembro de 2010

Uma quase epopeia


Nem sei por onde começar... Tivemos tantos episódios nesta viagem com a Márcia que estou até agora "embaralhado" nas ideias. Talvez, começar pelo que mais me impressionou. Vou tentar...


Para variar, este que vos escreve estava de "bagagem" (mala, não!!) na viagem da Cláudia e da Márcia. O objetivo principal era o congresso em Málaga, Espanha. Estava agendada desde o primeiro semestre e, talvez por isso, não demos (ou eu não dei) tanta importância para o local/região. Verdade é que, como de costume, alugamos um carro para poder ter um pouco mais de liberdade. Dias antes, num encontro da Cláudia com seu co-orientador (o orientador aqui em Portugal), soube que seria "uma pena", já que estaríamos na Andalucia (Espanha), não passarmos por Córdoba e Granada. Além disso, poderíamos também ir à Mérida (Extremadura), uma cidade "mais romana que Roma". Adivinhem o que fizemos? Conhecemos todas (e mais algumas)...
Antes de Málaga, conhecemos Mérida e Córdoba. Cidades fantásticas, que eu gostaria de ir novamente. Em Mérida pode-se conhecer as ruínas do "Coliseu" e do teatro romano, ambas na mesma área - os romanos eram organizados! O Coliseu está praticamente, em ruínas. Mas o teatro é impressionante: pode ser usado a qualquer momento!

Teatro romano em Mérida - dá para ver a gente?


Já em Córdoba, dormimos no pior albergue da juventude que conhecemos em todas as nossas andanças. Mas, havia algo de bom: localização. Estava no meio do antigo bairro judeu (a Judiaria), com suas ruas "tortas", becos estreitos e sem saída. Enfim, visitamos várias vezes o mesmo lugar (mesmo sem querer fazer isso, pois nos perdíamos de vez em quando...). Para compensar, a Mesquita-Catedral estava a dois quarteirões. Não consigo, por mais que tente, descrever o que é aquilo! Basta, apenas, descrever um "acontecido": no seio da Mesquita, majestosa com seus mais de 800 arcos bi-colores, foi construída uma igreja. Resultado? Uma herança arquitetônica, antropológica e religiosa magnífica!

Mesquita-catedral de Córdoba - seus arcos bi-colores


Quanto à Málaga, não posso deixar meu fervoroso testemunho quanto ao seu passado: os prédios históricos foram deixados de lado em favor do evento (sim, participei do congresso também!). Existe uma Alcázaba (forte) no ponto mais alto da cidade que pode ser visitada, além da Catedral e outros pontos que devo desconhecer. O que posso dizer é que conhecemos o museu Picasso (Málaga é a cidade natal dele), e gostei do que vi (não sou nenhum crítico de arte. Nem quero ser...). A praia mais perto do centro lembra muito as nossas: faixa de areia extensa, com várias barraquinhas na areia, árvores. Um local que gostei muito foi o jardim (praticamente botânico, dada a variedade de espécies) próximo ao centro da cidade: é enorme! De qualquer forma, tive a sensação de que Málaga guarda seu passado com muito "carinho", mas, por outro lado, é uma cidade MUITO "para frente". Gostei.


Não sei se por obra do acaso. Fato é que o mais impressionante da viagem (pelo menos para mim), ocorreu no final. E foi em Granada. E foi na La Alhambra (que significa a Vermelha). É um complexo palaciano, que encerra uma constelação de locais interessantes. Como, por exemplo, o Palácio Carlos V e, a jóia da coroa (na minha opinião), o Palácio Nazaries. Este é fruto da arquitetura islâmica, e ostenta todos os meticulosos detalhes dos ornamentos nas paredes, nas janelas, nos jardins... Poderia-se perder todo o dia neste complexo, mas, por normas da mantenedora, o ingresso vale apenas para meio período: manhã ou tarde. Ah! detalhe: tem hora para se entrar no Palácio Nazaries. Ela vem escrita no ingresso e, se deixar passar, não entra!!

É, simplesmente, fantástico!!


Palácio Nazaries - Jardim interno



Beijos

Nenhum comentário: