Este post é para encerrar a temporada 2010. Durante o ano, aprendemos uma PORÇÃO de coisas, e dividimos a maioria com vocês! Nem precisamos fazer a retrospectiva...
Começamos o ano como "estrelas de cinema" (vejam este vídeo) e acabamos como cuidadores de uma gata... É a vida! rrsssss
No meio disso tudo, diria que "nascemos" novamente. Só que tivemos uma infância com um pouco mais de experiência. Não sei quantas amarras soltamos, ou quantas amarramos. Nem quero saber... Importante é passar pela experiência de "brincar" com elas, e saber que elas existem!
Obrigado pelo carinho de nos acompanharem e também compartilharem suas emoções. É muito bom saber que, em nosso retorno, temos muitos amigos nos aguardando de braços abertos! E está tão perto a data! Já estou com saudades daqui...
Obrigado 2010 e que venha 2011! Muitas outras aventuras nos aguardam... Estou com saudades de ver o sol nascer na água!
Beijos
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Para cinéfilos
O peripécias também pode servir para a 7ª arte! Por que não?!
Depois do curioso caso narrado neste post, onde fomos surpreendidos por um intervalo durante uma sessão de cinema, confesso que, como "quase cinéfilos" que somos, participamos de outros tantos intervalos. E neste post, quero dividir com vocês dois filmes que realmente nos emocionaram.
1 - Dos Homens e dos Deuses
Baseado num fato real, narra parte dos acontecimentos de um mosteiro na Argélia, ao mesmo tempo em que ganham volume os movimentos radicais. Impressionante a sensibilidade, de toda a produção, em colocar num filme tamanha mensagem! Independente do tipo de filme que gostem, vale a pena parar para assistí-lo. Mas não se enganem: o filme, como bom Francês, respeita o tempo, o silêncio e todas aquelas coisas que fazem MUITA diferença, e, de quebra, respeitam o espectador...
Segue o trailer:
2 - José e Pilar
É o documentário sobre José Saramago e Pilar del Río (sua esposa). A produção consegue tirar o véu do mito, trazendo para perto as pessoas - no plural, pois a Pilar é uma figura MUITO forte na vida do José.
Depois da sessão, o produtor do filme, que também estava na sala, conversou conosco contando alguns detalhes: foram 240 horas de filmagens; existem três versões do filme (corte de 6h, 3h e a última); depois desse, nunca mais ele quer fazer documentário (dá um trabalho!!); dentre outros pormenores do dia-a-dia do José e da Pilar...
Detalhe: uma parte do filme se passa no Brasil e, durante uma sessão de autógrafos, um ilustre conterrâneo pede, DESCARADAMENTE, para um senhor franzino, adoentado, e mais do que cansado (Saramago), para desenhar um HIPOPÓTAMO como dedicatória. Pode?!!!! Caimos na risada, claro...
Sege o trailer:
Beijos
Depois do curioso caso narrado neste post, onde fomos surpreendidos por um intervalo durante uma sessão de cinema, confesso que, como "quase cinéfilos" que somos, participamos de outros tantos intervalos. E neste post, quero dividir com vocês dois filmes que realmente nos emocionaram.
1 - Dos Homens e dos Deuses
Baseado num fato real, narra parte dos acontecimentos de um mosteiro na Argélia, ao mesmo tempo em que ganham volume os movimentos radicais. Impressionante a sensibilidade, de toda a produção, em colocar num filme tamanha mensagem! Independente do tipo de filme que gostem, vale a pena parar para assistí-lo. Mas não se enganem: o filme, como bom Francês, respeita o tempo, o silêncio e todas aquelas coisas que fazem MUITA diferença, e, de quebra, respeitam o espectador...
Segue o trailer:
2 - José e Pilar
É o documentário sobre José Saramago e Pilar del Río (sua esposa). A produção consegue tirar o véu do mito, trazendo para perto as pessoas - no plural, pois a Pilar é uma figura MUITO forte na vida do José.
Depois da sessão, o produtor do filme, que também estava na sala, conversou conosco contando alguns detalhes: foram 240 horas de filmagens; existem três versões do filme (corte de 6h, 3h e a última); depois desse, nunca mais ele quer fazer documentário (dá um trabalho!!); dentre outros pormenores do dia-a-dia do José e da Pilar...
Detalhe: uma parte do filme se passa no Brasil e, durante uma sessão de autógrafos, um ilustre conterrâneo pede, DESCARADAMENTE, para um senhor franzino, adoentado, e mais do que cansado (Saramago), para desenhar um HIPOPÓTAMO como dedicatória. Pode?!!!! Caimos na risada, claro...
Sege o trailer:
Beijos
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Para Camila, Thiago e...
Um mimo, cheio de amor e carinho, para a Ca o Thiagão e a...
Um enorme beijo nesta menina que está prestes a chegar deste lado. E que tudo aquilo que foi projetado se cumpra, se não no todo, nas partes mais importantes. O progresso é lei universal. E progredir com (e no) Amor, é felicidade.
Um grande beijo
Um enorme beijo nesta menina que está prestes a chegar deste lado. E que tudo aquilo que foi projetado se cumpra, se não no todo, nas partes mais importantes. O progresso é lei universal. E progredir com (e no) Amor, é felicidade.
Um grande beijo
Tarefa...?
Vamos lá... Aqui quem escreve são Thiago, Camila e Luíza
Thiago e Camila todos conhecem, ou a maioria conhece, e a Luíza ainda será conhecida no final de fevereiro ou começo de março (é, a Camila está grávida de 7 meses).
Demoramos muito para escrever esse texto (saímos de Portugal no início de outubro). Confesso que não somos nada bons com as palavras. Tentamos várias vezes escrever. Começamos inúmeras vezes um texto, achávamos que estávamos no caminho certo, mas quando parávamos para ler, apagávamos tudo. E hoje sabemos que, se fossemos os peregrinos, seria IMPOSSÍVEL criarmos um espaço para compartilhar nossas aventuras com os amigos de outros lugares no mundo. Como falamos para vocês em nossa passagem por aí, transformem esse blog em um livro.
Não sei se foi mais difícil escrever esse texto ou chegar a Portugal. O Thiago assume o texto a partir desse ponto:
Meu drama começou na terça-feira que antecedeu a viagem (viajaríamos na sexta-feira). A secretária da empresa onde trabalho solicitou meu passaporte para passar algumas informações para a agência de turismo. Dez minutos após eu entregar o passaporte, veio a surpresa:
"Thiago, seu passaporte está vencido"
Tremi. Passagem comprada, férias marcadas, contagem regressiva para viajar e tudo poderia ir por água abaixo. Como eu não vi isso? O passaporte tinha vencido em maio/2010!!!!!!!!
Meia hora depois, quando os sentidos voltaram, resolvi olhar no site da polícia federal para ver se não existia um passaporte de emergência. E se eu fosse assaltado e levassem meu passaporte, eu não viajaria? Acalmei-me e tive a certeza que deveria existir sim um plano B para casos desse tipo. Achei. Passaporte de emergência, emissão em 24h. Nem almocei e fui para a polícia federal. No caminho, recebo um sms.
"Entre no site Globo.com. Sistema de emissão de passaportes está fora do ar".
Tremi pela segunda vez. Realmente tinha um problema no sistema e não estava sendo emitido passaporte. Caos no Brasil todo. Previsão de voltar o sistema: 3 dias. Alguma coisa dizia que não era para eu viajar...
Cheguei à polícia federal e tinham umas 800 pessoas na fila (não é exagero). Brigas, discussões, gente chorando pois não conseguiria viajar... Depois de 3 horas, consegui conversar com a delegada e minha única chance de viajar era o sistema voltar até quinta-feira pela manhã e a empresa emitir um carta informando que eu ia a Portugal a trabalho (esse ponto era mais fácil, pois além de turismo, eu ia conhecer nossa filial em Lisboa).
Duas noites em claro, mas a sorte sorriu para mim... O sistema voltou na quinta-feira pela manhã (eu estava lá desde as 6h da manhã). O passaporte saiu na sexta-feira à tarde. Peguei o passaporte e segui direto para o aeroporto.
Passaria por tudo isso novamente para poder curtir essa viagem maravilhosa. Não vou detalhar cada passeio que fizemos, cada hora que passamos jogando conversa fora, cada piada que contamos, pois demoraria mais de um ano para escrever. Os pontos altos:
- Estar com pessoas maravilhosas como a Cláudia e o Fábio
- Conhecer Sintra, Belém, Óbidos, Fátima, Tomar, Carcavelos, Lisboa
- Tomar vinho em Tomar (gostaram do trocadilho?)
- Assistir a festa da República com samba brasileiro
- Discutir com o dono do restaurante português que teimava que só tinha vinho português na adega (e tinha um Rio Sol)
- Conhecer uma cultura que é tão diferente da nossa, apesar de tão parecida
- Comprar cervejas do mundo inteiro, que no Brasil custam 15 reais, por 2 euros no Pingo Doce
- E mais uma vez, estar com pessoas maravilhosas como a Cláudia e o Fábio
Fabião e Claudinha, ainda dá tempo de desejar para vocês uma ótima passagem de ano, e que 2011 seja cheio de paz, saúde e, por que não, algumas aventuras...
Beijos
Valeu por tudo
Thiago, Camila e Luiza
Thiago e Camila todos conhecem, ou a maioria conhece, e a Luíza ainda será conhecida no final de fevereiro ou começo de março (é, a Camila está grávida de 7 meses).
Demoramos muito para escrever esse texto (saímos de Portugal no início de outubro). Confesso que não somos nada bons com as palavras. Tentamos várias vezes escrever. Começamos inúmeras vezes um texto, achávamos que estávamos no caminho certo, mas quando parávamos para ler, apagávamos tudo. E hoje sabemos que, se fossemos os peregrinos, seria IMPOSSÍVEL criarmos um espaço para compartilhar nossas aventuras com os amigos de outros lugares no mundo. Como falamos para vocês em nossa passagem por aí, transformem esse blog em um livro.
Não sei se foi mais difícil escrever esse texto ou chegar a Portugal. O Thiago assume o texto a partir desse ponto:
Meu drama começou na terça-feira que antecedeu a viagem (viajaríamos na sexta-feira). A secretária da empresa onde trabalho solicitou meu passaporte para passar algumas informações para a agência de turismo. Dez minutos após eu entregar o passaporte, veio a surpresa:
"Thiago, seu passaporte está vencido"
Tremi. Passagem comprada, férias marcadas, contagem regressiva para viajar e tudo poderia ir por água abaixo. Como eu não vi isso? O passaporte tinha vencido em maio/2010!!!!!!!!
Meia hora depois, quando os sentidos voltaram, resolvi olhar no site da polícia federal para ver se não existia um passaporte de emergência. E se eu fosse assaltado e levassem meu passaporte, eu não viajaria? Acalmei-me e tive a certeza que deveria existir sim um plano B para casos desse tipo. Achei. Passaporte de emergência, emissão em 24h. Nem almocei e fui para a polícia federal. No caminho, recebo um sms.
"Entre no site Globo.com. Sistema de emissão de passaportes está fora do ar".
Tremi pela segunda vez. Realmente tinha um problema no sistema e não estava sendo emitido passaporte. Caos no Brasil todo. Previsão de voltar o sistema: 3 dias. Alguma coisa dizia que não era para eu viajar...
Cheguei à polícia federal e tinham umas 800 pessoas na fila (não é exagero). Brigas, discussões, gente chorando pois não conseguiria viajar... Depois de 3 horas, consegui conversar com a delegada e minha única chance de viajar era o sistema voltar até quinta-feira pela manhã e a empresa emitir um carta informando que eu ia a Portugal a trabalho (esse ponto era mais fácil, pois além de turismo, eu ia conhecer nossa filial em Lisboa).
Duas noites em claro, mas a sorte sorriu para mim... O sistema voltou na quinta-feira pela manhã (eu estava lá desde as 6h da manhã). O passaporte saiu na sexta-feira à tarde. Peguei o passaporte e segui direto para o aeroporto.
Passaria por tudo isso novamente para poder curtir essa viagem maravilhosa. Não vou detalhar cada passeio que fizemos, cada hora que passamos jogando conversa fora, cada piada que contamos, pois demoraria mais de um ano para escrever. Os pontos altos:
- Estar com pessoas maravilhosas como a Cláudia e o Fábio
- Conhecer Sintra, Belém, Óbidos, Fátima, Tomar, Carcavelos, Lisboa
- Tomar vinho em Tomar (gostaram do trocadilho?)
- Assistir a festa da República com samba brasileiro
- Discutir com o dono do restaurante português que teimava que só tinha vinho português na adega (e tinha um Rio Sol)
- Conhecer uma cultura que é tão diferente da nossa, apesar de tão parecida
- Comprar cervejas do mundo inteiro, que no Brasil custam 15 reais, por 2 euros no Pingo Doce
- E mais uma vez, estar com pessoas maravilhosas como a Cláudia e o Fábio
Fabião e Claudinha, ainda dá tempo de desejar para vocês uma ótima passagem de ano, e que 2011 seja cheio de paz, saúde e, por que não, algumas aventuras...
Beijos
Valeu por tudo
Thiago, Camila e Luiza
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Algum segredo?
O texto do Doug e da Fer (10, 10 e 10!) nos deixou com uma pulga atrás da orelha...
Escreveram eles:
"Ainda faltava alguma coisa (...). Não apenas presenciamos e participamos de novas peripécias, mas também pudemos vivenciar o antes e o depois (...), percebemos que foi justamente este antes e depois que nos fazia falta quando líamos o blog."
E faz sentido. Não dividimos com vocês, em nenhum momento, nossos planos futuros e as preparações para eles. Não por não querermos fazê-lo. Simplesmente, porque quando pensamos no Peripécias, pensamos ser ele um retrato do já acontecido. Não imaginamos adiantar o que está "por fazer". Mas, achamos legal participar um pouco, ao menos neste final, do que está por vir...
E o que acontecerá?
Não temos bola de cristal. Mas, temos alguns combinados para o "futuro". Por exemplo: no início do próximo mês, a Cintia (nossa sobrinha) passará alguns dias conosco. Depois de vários meses preparando a viagem, ela conseguirá "chegar" até nós! Claro que temos uma "lista" do que podemos fazer (também, depois de termos muitos amigos conosco, estamos "craques" nisso!). E inclui passeios por Sintra, Cascais, Lisboa etc. Além, claro, de algumas surpresas que, se escrevermos aqui, não serão mais surpresas...
E os segredos da preparação que fazemos para cada pessoa que esteve conosco? Fácil: juntamos aquilo que nos agrada, misturamos com aquilo que acreditamos que nossos amigos gostem, acrescentamos algumas "cerejinhas" e pronto!
Algum ingrediente especial? Sim, alguns. Muito carinho, atenção e vontade de dividir tudo aquilo que sabemos!
Ah! não podemos esquecer de contar que passaremos a virada de ano na casa de portugueses! Assim, conheceremos pelo menos uma das formas de como festejam a data!
É isso...
Beijos
Escreveram eles:
"Ainda faltava alguma coisa (...). Não apenas presenciamos e participamos de novas peripécias, mas também pudemos vivenciar o antes e o depois (...), percebemos que foi justamente este antes e depois que nos fazia falta quando líamos o blog."
E faz sentido. Não dividimos com vocês, em nenhum momento, nossos planos futuros e as preparações para eles. Não por não querermos fazê-lo. Simplesmente, porque quando pensamos no Peripécias, pensamos ser ele um retrato do já acontecido. Não imaginamos adiantar o que está "por fazer". Mas, achamos legal participar um pouco, ao menos neste final, do que está por vir...
E o que acontecerá?
Não temos bola de cristal. Mas, temos alguns combinados para o "futuro". Por exemplo: no início do próximo mês, a Cintia (nossa sobrinha) passará alguns dias conosco. Depois de vários meses preparando a viagem, ela conseguirá "chegar" até nós! Claro que temos uma "lista" do que podemos fazer (também, depois de termos muitos amigos conosco, estamos "craques" nisso!). E inclui passeios por Sintra, Cascais, Lisboa etc. Além, claro, de algumas surpresas que, se escrevermos aqui, não serão mais surpresas...
E os segredos da preparação que fazemos para cada pessoa que esteve conosco? Fácil: juntamos aquilo que nos agrada, misturamos com aquilo que acreditamos que nossos amigos gostem, acrescentamos algumas "cerejinhas" e pronto!
Algum ingrediente especial? Sim, alguns. Muito carinho, atenção e vontade de dividir tudo aquilo que sabemos!
Ah! não podemos esquecer de contar que passaremos a virada de ano na casa de portugueses! Assim, conheceremos pelo menos uma das formas de como festejam a data!
É isso...
Beijos
domingo, 26 de dezembro de 2010
A Grande Família
Rafael, Andréa, Erisson, Andreas, Ketlyn, Márcia, William, Wesley, Lima...
Pedro, Inez, Socorro...
... esta é a 'grande família' que nos acolheu cá em Carcavelos para a ceia e em Lisboa para o almoço das festividades natalinas!
Alegria, encontro, acolhida, abraço fraterno.
Com esta experiência re-aprendemos mais uma lição: uma família se estende para além dos laços de sangue.
Valeu! Nosso encontro foi revigorador!
Pedro, Inez, Socorro...
... esta é a 'grande família' que nos acolheu cá em Carcavelos para a ceia e em Lisboa para o almoço das festividades natalinas!
Alegria, encontro, acolhida, abraço fraterno.
Com esta experiência re-aprendemos mais uma lição: uma família se estende para além dos laços de sangue.
Valeu! Nosso encontro foi revigorador!
Só aqui mesmo...
Fato Inusitado
O cheiro do Natal ainda está no ar... Mas, temos outro cheiro pairando por aqui.
Esquecemos de contar a vocês que, desde meados de dezembro, nossos vizinhos/companheiros/amigos foram passar umas férias no Brasil e na Argentina. E, como eles têm um bicho de estimação, deixaram-na (é fêmea) aos nossos cuidados! E teve até uma reunião para passar os detalhes!
Verdade é que estamos, desde então, cuidando de uma gata! Imaginem nós, que nunca tivemos um bicho de estimação, cuidando de uma gata! Está divertido... Ontem foi o primeiro dia em que consegui fazer um afago nela. Depois de 20 minutos ela se encheu e foi embora... Hoje (estou escrevendo da casa deles), até agora não a vimos (mas sabemos que ela está embaixo do sofá. Há meia hora...). Vamos ver até quando, pois decidimos passar o dia todo com ela (para acostumar, ou para surtar de vez - ela ou nós...).
Ah! acho que preciso contar que ela é "bem rodada". Eles (Ale e Antonio) adotaram-na enquanto moravam na África (trabalhavam para a ONU). Quando saíram de lá, a gata teve de tirar até passaporte! Bacana, não?! E tem mais carimbo que o meu e o da Cláudia juntos...E de onde ela é? Do Senegal! Portanto, adora o frio!! hehehe
Assim que conseguir tirar uma foto dela, colocarei aqui. Mas isso, depende dela...
Beijos
Conseguimos!!
A Bastet saiu para tomar um solzinho. Duas horas e meia depois de estarmos por aqui...
Esquecemos de contar a vocês que, desde meados de dezembro, nossos vizinhos/companheiros/amigos foram passar umas férias no Brasil e na Argentina. E, como eles têm um bicho de estimação, deixaram-na (é fêmea) aos nossos cuidados! E teve até uma reunião para passar os detalhes!
Verdade é que estamos, desde então, cuidando de uma gata! Imaginem nós, que nunca tivemos um bicho de estimação, cuidando de uma gata! Está divertido... Ontem foi o primeiro dia em que consegui fazer um afago nela. Depois de 20 minutos ela se encheu e foi embora... Hoje (estou escrevendo da casa deles), até agora não a vimos (mas sabemos que ela está embaixo do sofá. Há meia hora...). Vamos ver até quando, pois decidimos passar o dia todo com ela (para acostumar, ou para surtar de vez - ela ou nós...).
Ah! acho que preciso contar que ela é "bem rodada". Eles (Ale e Antonio) adotaram-na enquanto moravam na África (trabalhavam para a ONU). Quando saíram de lá, a gata teve de tirar até passaporte! Bacana, não?! E tem mais carimbo que o meu e o da Cláudia juntos...E de onde ela é? Do Senegal! Portanto, adora o frio!! hehehe
Assim que conseguir tirar uma foto dela, colocarei aqui. Mas isso, depende dela...
Beijos
Conseguimos!!
A Bastet saiu para tomar um solzinho. Duas horas e meia depois de estarmos por aqui...
sábado, 25 de dezembro de 2010
10, 10 e 10!
Quem vos escreve é Douglas e Fernanda e estamos aqui para contar-lhes um pouco da nossa viagem a Portugal na companhia da Cláudia e do Fabio. Em terras lusitanas, nossa viagem durou 10 dias, mas o fato é que esta viagem já dura alguns anos. Expliquemos melhor.
Começamos nossa viagem quando a Cláudia comentou pela primeira vez, há alguns anos atrás, o seu desejo de fazer um doutorado “sanduíche” em Portugal (ou será que devemos dizer “doutoramento”? Risos). Conhecendo-a bem, sabíamos que aquele desejo, mais cedo ou mais tarde, iria se realizar. Não foi fácil, pois não foi nem na primeira nem na segunda tentativa que o desejo se realizou. Se não estamos enganados, a primeira tentativa de obtenção da bolsa de estudo foi no segundo semestre de 2008, seguida por outras tentativas no primeiro e segundo semestre de 2009. A Cláudia dizia que burocracia, regras injustas e pouco claras eram as principais causas para o insucesso. Nós, por outro lado, acreditávamos que o momento adequado não havia chegado. Tenho sempre a impressão de que as coisas não acontecem por acaso, assim como também acho que acontecem quando de fato deveriam acontecer. E aconteceu. No final de 2009, eles tiveram a confirmação da bolsa que se iniciaria em Fevereiro de 2010.
Nessa longa viagem a Portugal, passado os exames, a fase que se seguiu foi a do embarque. Deles, é claro! Infelizmente não poderíamos acompanhá-los ao aeroporto, pois eu, Douglas, estaria viajando a trabalho. Então, para nos despedirmos, combinamos um almoço no “Baby Beef” uma semana antes da viagem (Pausa para um comentário gastronômico: ainda que eles tenham comido recentemente em Miranda a melhor carne de todo Portugal, tenho certeza de que a lembrança do delicioso arroz carreteiro e do baby beef causará muita água na boca deles. Eu e a Fer moramos nos EUA por um ano e meio e sabemos muito bem o que é sentir falta da comida brasileira. Felizmente, Portugal tem ótimos cardápios, principalmente quando comparado aos EUA. Pausa encerrada.). Conversamos muito, compartilhamos experiências e nos despedimos. Foi muito gostoso.
Depois do delicioso almoço do dia 23 de Janeiro, nossa viagem ganhou uma nova dimensão, mais precisamente a partir do dia 16 de Fevereiro. Foi quando eles anunciaram pela primeira vez o blog “As peripécias d’além mar de Cláudia e Fabio” e publicaram o primeiro post. Quem não se lembra das suas peripécias para encontrar o imóvel onde foram morar (procurando imóveis). Desde então, eles postaram uma média de 9 posts por mês, quase 1 a cada 3 dias e um total de 22 vídeos e 17 álbuns de fotos*. Com tudo isso, nossa viagem ganhou mais corpo e provavelmente a de todos que acompanham o blog. Podíamos imaginar melhor como era a vida destes dois (literalmente) peregrinos (o que é ser peregrino).
Mesmo seguindo uma ordem cronológica, mesmo sendo tão detalhistas como sempre foram, os posts eram fragmentos do cotidiano deles. Ainda faltava alguma coisa e lá fomos eu e a Fer conferir o que era que faltava. Passamos dez espetaculares dias na companhia de ambos. Não faremos aqui um resumo destes 10 dias, pois eles já o fizeram muito bem e o puseram no blog (resumo dos últimos acontecimentos), assim como algumas fotos no álbum “Fer, Douglas e Nós”. O que tentaremos, se é que é possível, é descrever um pouco daquilo que não estávamos encontrando no blog.
A Cláudia e o Fabio são excelentes anfitriões. Aqueles que os visitaram depois de nós poderão reiterar o que estamos dizendo e nós estamos aqui reiterando o que o Guilherme já havia dito. Eles nos acompanharam em todas as nossas aventuras. Ou será que fomos nós que os acompanhamos nas deles? Não sei se alteramos muito o dia-a-dia deles e pedimos desculpas se o alteramos demais, mas o fato é que tivemos a sensação de estar completamente inseridos nele. Não apenas presenciamos e participamos de novas peripécias, mas também pudemos vivenciar o antes e o depois, a preparação e a recuperação de cada uma delas.
Hoje, percebemos que foi justamente este antes e depois que nos fazia falta quando líamos o blog. Uma coisa foi o vídeo do apartamento onde vivem (nossa rua), outra coisa foi poder ver conhecer o apartamento, ver a mesa preparada com o café da manhã, etc. Uma coisa foi a reclamação da Claudinha sobre a falta de receitas para variar o cardápio (ampliação do repertório gastronômico), outra coisa foi conhecer o “Pingo Doce” e o “Lidl” (dois supermercados que eles frequentam). Uma coisa foi mencionar Carcavelos e Cais do Sodré em muitos posts, outra coisa foi fazer o trajeto de “comboio” entre um ponto e outro. Tão interessante quanto tudo isso, foi também observar a dinâmica deles em cada um desses eventos.
Se antes o blog nos permitia imaginar as peripécias, ele agora nos permite entrar em cada uma delas como quem entra num livro e passa a fazer parte da história.
Os dois peregrinos já estiveram em muitos outros lugares por onde nós, infelizmente, não pudemos ir. Interessante, no entanto, é que temos a nítida sensação de tê-los acompanhado, como se pudéssemos sentir exatamente como foi, sensação que não tínhamos antes de tê-los visitado.
Cláu e Fabio, vocês foram e são pessoas maravilhosas!!! Muito obrigado por ter nos recebido em Lisboa, por ter nos acompanhado em nossas aventuras e por ter nos permitido tomar “posse” do dia-a-dia de vocês. Foi 10, 10 e 10: 10 dias maravilhosos, ao lado de vocês que são nota 10 e daqui 10 anos nos reuniremos para relembrar estes momentos preciosos e para tomar aquele fantástico vinho do Porto que compramos juntos na Quinta do Tedo na região do Douro, conforme combinamos.
* Data da contagem: 20 de Dezembro de 2010.
Em tempo, três adendos:
1. Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro: CINCO, CINCO MESES para escrever o presente texto. “Shame on me”! Peço desculpas à Clau e ao Fabio por tanta demora. No último dia juntos em Portugal fizemos tantas coisas (Quando o tempo é curto fazemos muito) que é difícil justificar por que tanto tempo para escrever o texto acima. Acho que o tempo em Portugal passa mais lentamente.
2. Clau e Fabio, desejamos que aproveitem muito as semanas que lhes restam em Portugal. Não faremos nenhum comentário sobre o regresso ao Brasil porque nada poderá mudar os baixos e altos que decorrerão de uma experiência como a que vocês tiveram. O fato é que tão intenso quanto a satisfação de rever a família e os amigos, tanto quanto será as saudades de Portugal. Portanto, evitem pensar nisto neste momento e aproveitem, como sempre fizeram, cada minuto restante em Portugal.
3. Desejamos de todo coração um FELIZ NATAL a vocês. Que vocês possam refletir sobre 2010 e agradecer a Deus o quanto foram abençoados e que Papai Noel traga a vocês em 2011 um ano tão especial quanto foi este. Estamos morrendo de saudades e esperando vocês de braços abertos. Douglas e Fer.
Começamos nossa viagem quando a Cláudia comentou pela primeira vez, há alguns anos atrás, o seu desejo de fazer um doutorado “sanduíche” em Portugal (ou será que devemos dizer “doutoramento”? Risos). Conhecendo-a bem, sabíamos que aquele desejo, mais cedo ou mais tarde, iria se realizar. Não foi fácil, pois não foi nem na primeira nem na segunda tentativa que o desejo se realizou. Se não estamos enganados, a primeira tentativa de obtenção da bolsa de estudo foi no segundo semestre de 2008, seguida por outras tentativas no primeiro e segundo semestre de 2009. A Cláudia dizia que burocracia, regras injustas e pouco claras eram as principais causas para o insucesso. Nós, por outro lado, acreditávamos que o momento adequado não havia chegado. Tenho sempre a impressão de que as coisas não acontecem por acaso, assim como também acho que acontecem quando de fato deveriam acontecer. E aconteceu. No final de 2009, eles tiveram a confirmação da bolsa que se iniciaria em Fevereiro de 2010.
Nessa longa viagem a Portugal, passado os exames, a fase que se seguiu foi a do embarque. Deles, é claro! Infelizmente não poderíamos acompanhá-los ao aeroporto, pois eu, Douglas, estaria viajando a trabalho. Então, para nos despedirmos, combinamos um almoço no “Baby Beef” uma semana antes da viagem (Pausa para um comentário gastronômico: ainda que eles tenham comido recentemente em Miranda a melhor carne de todo Portugal, tenho certeza de que a lembrança do delicioso arroz carreteiro e do baby beef causará muita água na boca deles. Eu e a Fer moramos nos EUA por um ano e meio e sabemos muito bem o que é sentir falta da comida brasileira. Felizmente, Portugal tem ótimos cardápios, principalmente quando comparado aos EUA. Pausa encerrada.). Conversamos muito, compartilhamos experiências e nos despedimos. Foi muito gostoso.
Depois do delicioso almoço do dia 23 de Janeiro, nossa viagem ganhou uma nova dimensão, mais precisamente a partir do dia 16 de Fevereiro. Foi quando eles anunciaram pela primeira vez o blog “As peripécias d’além mar de Cláudia e Fabio” e publicaram o primeiro post. Quem não se lembra das suas peripécias para encontrar o imóvel onde foram morar (procurando imóveis). Desde então, eles postaram uma média de 9 posts por mês, quase 1 a cada 3 dias e um total de 22 vídeos e 17 álbuns de fotos*. Com tudo isso, nossa viagem ganhou mais corpo e provavelmente a de todos que acompanham o blog. Podíamos imaginar melhor como era a vida destes dois (literalmente) peregrinos (o que é ser peregrino).
Mesmo seguindo uma ordem cronológica, mesmo sendo tão detalhistas como sempre foram, os posts eram fragmentos do cotidiano deles. Ainda faltava alguma coisa e lá fomos eu e a Fer conferir o que era que faltava. Passamos dez espetaculares dias na companhia de ambos. Não faremos aqui um resumo destes 10 dias, pois eles já o fizeram muito bem e o puseram no blog (resumo dos últimos acontecimentos), assim como algumas fotos no álbum “Fer, Douglas e Nós”. O que tentaremos, se é que é possível, é descrever um pouco daquilo que não estávamos encontrando no blog.
A Cláudia e o Fabio são excelentes anfitriões. Aqueles que os visitaram depois de nós poderão reiterar o que estamos dizendo e nós estamos aqui reiterando o que o Guilherme já havia dito. Eles nos acompanharam em todas as nossas aventuras. Ou será que fomos nós que os acompanhamos nas deles? Não sei se alteramos muito o dia-a-dia deles e pedimos desculpas se o alteramos demais, mas o fato é que tivemos a sensação de estar completamente inseridos nele. Não apenas presenciamos e participamos de novas peripécias, mas também pudemos vivenciar o antes e o depois, a preparação e a recuperação de cada uma delas.
Hoje, percebemos que foi justamente este antes e depois que nos fazia falta quando líamos o blog. Uma coisa foi o vídeo do apartamento onde vivem (nossa rua), outra coisa foi poder ver conhecer o apartamento, ver a mesa preparada com o café da manhã, etc. Uma coisa foi a reclamação da Claudinha sobre a falta de receitas para variar o cardápio (ampliação do repertório gastronômico), outra coisa foi conhecer o “Pingo Doce” e o “Lidl” (dois supermercados que eles frequentam). Uma coisa foi mencionar Carcavelos e Cais do Sodré em muitos posts, outra coisa foi fazer o trajeto de “comboio” entre um ponto e outro. Tão interessante quanto tudo isso, foi também observar a dinâmica deles em cada um desses eventos.
Se antes o blog nos permitia imaginar as peripécias, ele agora nos permite entrar em cada uma delas como quem entra num livro e passa a fazer parte da história.
Os dois peregrinos já estiveram em muitos outros lugares por onde nós, infelizmente, não pudemos ir. Interessante, no entanto, é que temos a nítida sensação de tê-los acompanhado, como se pudéssemos sentir exatamente como foi, sensação que não tínhamos antes de tê-los visitado.
Cláu e Fabio, vocês foram e são pessoas maravilhosas!!! Muito obrigado por ter nos recebido em Lisboa, por ter nos acompanhado em nossas aventuras e por ter nos permitido tomar “posse” do dia-a-dia de vocês. Foi 10, 10 e 10: 10 dias maravilhosos, ao lado de vocês que são nota 10 e daqui 10 anos nos reuniremos para relembrar estes momentos preciosos e para tomar aquele fantástico vinho do Porto que compramos juntos na Quinta do Tedo na região do Douro, conforme combinamos.
Quinta do Tedo, região do Douro, Portugal.
* Data da contagem: 20 de Dezembro de 2010.
Em tempo, três adendos:
1. Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro: CINCO, CINCO MESES para escrever o presente texto. “Shame on me”! Peço desculpas à Clau e ao Fabio por tanta demora. No último dia juntos em Portugal fizemos tantas coisas (Quando o tempo é curto fazemos muito) que é difícil justificar por que tanto tempo para escrever o texto acima. Acho que o tempo em Portugal passa mais lentamente.
2. Clau e Fabio, desejamos que aproveitem muito as semanas que lhes restam em Portugal. Não faremos nenhum comentário sobre o regresso ao Brasil porque nada poderá mudar os baixos e altos que decorrerão de uma experiência como a que vocês tiveram. O fato é que tão intenso quanto a satisfação de rever a família e os amigos, tanto quanto será as saudades de Portugal. Portanto, evitem pensar nisto neste momento e aproveitem, como sempre fizeram, cada minuto restante em Portugal.
3. Desejamos de todo coração um FELIZ NATAL a vocês. Que vocês possam refletir sobre 2010 e agradecer a Deus o quanto foram abençoados e que Papai Noel traga a vocês em 2011 um ano tão especial quanto foi este. Estamos morrendo de saudades e esperando vocês de braços abertos. Douglas e Fer.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Feliz Natal!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Para o Natal
Já é Natal! Caramba, como passou rápido! Faz quase um ano que aqui estamos, e temos tanto para fazer ainda! Será que dá? Acho que não... Que bom! Teremos motivos para voltar!
Provavelmente é o primeiro Natal que passamos fisicamente longe de nossos familiares e parentes - e notem que usei a palavra "familiares", pois, nossa família é MUITO maior do que aquela dos laços de sangue...
Tivemos a ideia de fazer o Peripécias para DIVIDIR aquilo que vivenciamos deste "lado". E deu certo não só como um ponto de encontro virtual, como também como uma terapia para mim e para a Cláudia... Como faz bem escrever algo para dividir com vocês! E escrever numa linguagem informal, como se estivéssemos num "buteco", é melhor ainda! Dá prazer em fazer.
E no Natal, escreveremos alguma coisa? A dúvida pairou... Acho que sim. Acho que não. Talvez... Sobre o quê escrever?
De uma certa maneira, escrevemos nossa(s) mensagem(ns) natalícias ao longo do ano. A própria ideia do Peripécias é uma mensagem de Natal: a partilha, o encontro, a novidade, o carinho, a atenção... Todos os dias deste ano foram Natal para nós: tivemos a oportunidade de antecipar o período em que se reflete a vida, e a maneira de encará-la, em algumas décadas! E tentamos dividir tudo isso!
Agora em primeira pessoa (Fabio):
Aproveitando a época de profunda comoção coletiva, e baseado nas experiências que presenciei/senti por aqui, pergunto:
Seria a Educação a ciência que mais se aproxima do ideal cristão?
Complexo, não?! Será? Esta é a tarefa de casa para o(s) próximo(s)ano(s).
Um grande beijo
Provavelmente é o primeiro Natal que passamos fisicamente longe de nossos familiares e parentes - e notem que usei a palavra "familiares", pois, nossa família é MUITO maior do que aquela dos laços de sangue...
Tivemos a ideia de fazer o Peripécias para DIVIDIR aquilo que vivenciamos deste "lado". E deu certo não só como um ponto de encontro virtual, como também como uma terapia para mim e para a Cláudia... Como faz bem escrever algo para dividir com vocês! E escrever numa linguagem informal, como se estivéssemos num "buteco", é melhor ainda! Dá prazer em fazer.
E no Natal, escreveremos alguma coisa? A dúvida pairou... Acho que sim. Acho que não. Talvez... Sobre o quê escrever?
De uma certa maneira, escrevemos nossa(s) mensagem(ns) natalícias ao longo do ano. A própria ideia do Peripécias é uma mensagem de Natal: a partilha, o encontro, a novidade, o carinho, a atenção... Todos os dias deste ano foram Natal para nós: tivemos a oportunidade de antecipar o período em que se reflete a vida, e a maneira de encará-la, em algumas décadas! E tentamos dividir tudo isso!
Agora em primeira pessoa (Fabio):
Aproveitando a época de profunda comoção coletiva, e baseado nas experiências que presenciei/senti por aqui, pergunto:
Seria a Educação a ciência que mais se aproxima do ideal cristão?
Complexo, não?! Será? Esta é a tarefa de casa para o(s) próximo(s)ano(s).
Um grande beijo
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Sessão terapêutica!
Hoje estou crítica-reflexiva em relação ao universo acadêmico (refiro-me a Portugal e ao Brasil) diante de tantos critérios para nos dizer o que é e o que não é, o que pode e o que não pode, o que 'deve' e o que não 'deve' ser relevante e considerado como Ciência. Acham (e nós muitas vezes também achamos) que deste lugar de poder - a academia - o que se visualiza é o conhecimento 'científico', 'puro', como se fosse possível dissociá-lo de nossa humanidade e de tudo o que, porque a ciência é do humano, está no entorno dela.
Ontem li um poema de Fernando Pessoa-Álvaro de Campos adaptado por Alexandre Costa que traduz um pouco o que, em geral, se diz-pensa neste lugar (In Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso – GEGe. CÍRCULO – Rodas de Conversa Bakhtiniana 2009 – Caderno de Textos e Anotações. São Carlos: Pedro & João Editores. 2009. 420p.)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo...
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza...
Mas, como há sempre alguma pontinha de luz em algum lugar... Sempre há uma esperança!
Sempre há brechas nas quais podemos respirar e encontrar fôlego para continuar. E lutar. E defender a multiplicidade e a complexidade de conhecimentoS que nos constituem.
Em nossa profunda humanidade.
Em nossa humildade profunda.
Como gente que somos e nos fazemos a cada dia.
Ética e esteticamente.
Por isto, agradeço à querida Rosa Nunes, professora portuguesa, por nossos encontros e pelas brechas possíveis para um conhecimento outro!
Ontem li um poema de Fernando Pessoa-Álvaro de Campos adaptado por Alexandre Costa que traduz um pouco o que, em geral, se diz-pensa neste lugar (In Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso – GEGe. CÍRCULO – Rodas de Conversa Bakhtiniana 2009 – Caderno de Textos e Anotações. São Carlos: Pedro & João Editores. 2009. 420p.)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo...
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza...
Mas, como há sempre alguma pontinha de luz em algum lugar... Sempre há uma esperança!
Sempre há brechas nas quais podemos respirar e encontrar fôlego para continuar. E lutar. E defender a multiplicidade e a complexidade de conhecimentoS que nos constituem.
Em nossa profunda humanidade.
Em nossa humildade profunda.
Como gente que somos e nos fazemos a cada dia.
Ética e esteticamente.
Por isto, agradeço à querida Rosa Nunes, professora portuguesa, por nossos encontros e pelas brechas possíveis para um conhecimento outro!
Bjs, Claudinha
Nem tudo são flores
Temos (com)partilhado com nossos interlocutores as narrativas que dão a ler-ver, nossas aventuras por terras portuguesas: os patrimônios, a natureza, as gentes e coisas de gente como nós.
Foram incontáveis as boas surpresas que experienciamos nesta temporada 'cá'.
E, humanos como nós, também soubemos (e experienciamos acontecimentos singulares neste sentido) de que 'nem tudo são flores'.
Alguns excertos para explicitar esta constatação:
Atualmente Portugal é o país da Europa que tem o maior índice de violência doméstica (tema abordado, inclusive, naquele evento que contamos em outro post dos "Bonecos de Santo Aleixo", no interior do interior do Alentejo). Desafio a superar...
Em Lisboa, mais especificamente, mas também espalhado por todo o país, é comum pessoas atenderem de forma ríspida ou responderem a uma pergunta grosseiramente. Com raras exceções, em geral, depois desse primeiro impacto, ao abrirmos um sorriso e mostrarmos cordialidade em nossa intenção-ação, muito alteram em sua postura 'mal-educada'. Desafio a vencer... por nós e por eles.
Aprendemos (eu, particularmente, por inúmeras vivências cá), que a produção intelectual em Portugal (e eu diria, em muitos lugares na Europa) é relevante em minha área de conhecimento. Entretanto, quando se busca conhecimentos outros tecidos em inter-relação com outros espaço-tempos, pouco se encontra, pois fundamentalmente é 'relevante' quando se está enquadrado nos parâmetros considerados legítimos por uma dita ciência moderna. E, além disto, também as possibilidade de diálogo aberto e interlocução bakhtiniana são poucas, embora haja abertura e encontro.
Por estas e por outras, aprendemos a valorizar Portugal.
Por estas e por outras, aprendemos a (re)valorizar o Brasil.
Beijos!!
Foram incontáveis as boas surpresas que experienciamos nesta temporada 'cá'.
E, humanos como nós, também soubemos (e experienciamos acontecimentos singulares neste sentido) de que 'nem tudo são flores'.
Alguns excertos para explicitar esta constatação:
Atualmente Portugal é o país da Europa que tem o maior índice de violência doméstica (tema abordado, inclusive, naquele evento que contamos em outro post dos "Bonecos de Santo Aleixo", no interior do interior do Alentejo). Desafio a superar...
Em Lisboa, mais especificamente, mas também espalhado por todo o país, é comum pessoas atenderem de forma ríspida ou responderem a uma pergunta grosseiramente. Com raras exceções, em geral, depois desse primeiro impacto, ao abrirmos um sorriso e mostrarmos cordialidade em nossa intenção-ação, muito alteram em sua postura 'mal-educada'. Desafio a vencer... por nós e por eles.
Aprendemos (eu, particularmente, por inúmeras vivências cá), que a produção intelectual em Portugal (e eu diria, em muitos lugares na Europa) é relevante em minha área de conhecimento. Entretanto, quando se busca conhecimentos outros tecidos em inter-relação com outros espaço-tempos, pouco se encontra, pois fundamentalmente é 'relevante' quando se está enquadrado nos parâmetros considerados legítimos por uma dita ciência moderna. E, além disto, também as possibilidade de diálogo aberto e interlocução bakhtiniana são poucas, embora haja abertura e encontro.
Por estas e por outras, aprendemos a valorizar Portugal.
Por estas e por outras, aprendemos a (re)valorizar o Brasil.
Beijos!!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
E o que aconteceu?
A maioria já está avisada, e, para quem não está, avisamos: há algum tempo conhecemos um casal, por acaso, no Capuccinos (café que frequentamos, cujos donos são dois brasileiros, de Dourados(!) - é uma história que precisaríamos contar, também...). Depois do primeiro encontro, nossa amizade foi crescendo, cada vez mais, apoiada nas coincidências dos valores morais e éticos, e maneira de lidar com a vida. E, para ajudar mais ainda, eles são nossos vizinhos! Enfim, são nossos GRANDES companheiros d'além mar: Alessandra e Antonio. Mas, isso fica para outro post... A apresentação serve para introduzir a história que relato abaixo.
Combinamos, há algum tempo, de passearmos juntos durante um final de semana. E deu certo neste. Até que enfim! Nada longe demais, apenas o suficiente para conhecermos melhor alguma outra região/cidade. E escolhemos Monsaraz. Nós - eu e Cláudia junto com a Márcia - já estivemos por lá, na volta da Espanha. A passagem foi rápida, mas, suficiente para deixarnos com vontade de voltar. Eles, nunca haviam estado lá.
Colhemos informações básicas sobre o lugar e região: vários monumentos milenares de pedra (com mais de 3.000 a.c.); o maior lago artificial da Europa; centro Oleiro (cerâmica) de Portugal; Rota do vinho alentejano(!). E outros montes de coisas... Uma das que chamou nossa atenção (na realidade, da Cláudia a princípio) foi uma apresentação de títeres tradicionais do Alentejo (similares a marionetes) que aconteceria na vila de Rosário, sábado à noite. E por quê? Porque era uma tradição perdida há anos, e resgatada há pouco tempo. E fomos vê-la. Nossa vontade de conhecer um pouco dos costumes do povo do Alentejo concretizou-se ali!
Foi razoavelmente difícil achar o local - no meio de uma região pouco habitada, à noite e durante o inverno. Resultado: não havia ninguém na rua para nos dar informação. Quando achamos, descobrimos não haver nada para comer - só havia bebidas. E estávamos com fome (principalmente o Antonio)!! Perguntamos para o dono do bar, que nos indicou um restaurante, o único que poderia estar aberto àquela hora. Encontrarmos fácil (a vila é minúscula), porém, ali também não tinha nada de comer... O que fazer? O Antonio estava verde de fome, e eu também... Títeres ou comida?
- Comida a gente vê todo dia, mas, esta apresentação...
Falou mais alto, mesmo, a oportunidade. E voltamos ao centro recreativo de Rosário.
Não sei se foi sorte ou a Providência. Mas, assim que chegamos ao centro recreativo, vimos um aglomerado de pessoas em volta de uma Van: era um vendedor de guloseimas!!! Simplesmente parado ali, em frente ao "ginásio", estava vendendo doces - a maioria do cardápio - e pães de chouriço! Não tivemos dúvida: pão de chouriço "na cabeça"!
- Quantos tem?
- Três.
- Não tem mais. (eram pequenos)
- Tome estes, que vou até em casa buscar outros.
E aconteceu: compramos os três. Entramos no bar, pedimos uma garrafa de vinho, repartimos os pães (com a mão) e, minutos depois, já com os pães acabados, chega ele novamente. Mandamos os outros três para baixo - e mais dois pastéis de nata e um doce típico da região (não lembro o nome).
Depois foi só assistir ao show. Ou melhor, ESPETÁCULO! Imaginem a atmosfera daquele lugar, onde cinema só existe em sonho, e o total de habitantes não deve chegar à 1500. Era o acontecimento do ano! Estavam todos lá!
Foi MUITO especial. Inesquecível! Nos temas da apresentação conseguia-se notar as sutilezas "psicológicas" e comportamentais: Adão e Eva; Caim e Abel; sexo com animais; festas e danças típicas; alcoolismo; violência doméstica; etc. Foi uma noite para gente simples e feita por gente simples. Nós, os únicos "intrusos", tivemos o privilégio de presenciar aquilo tudo, e fomos simplesmente surpreendidos com o que vimos e sentimos. Porém, tenho certeza que também pegamos eles de surpresa!
Beijos
Combinamos, há algum tempo, de passearmos juntos durante um final de semana. E deu certo neste. Até que enfim! Nada longe demais, apenas o suficiente para conhecermos melhor alguma outra região/cidade. E escolhemos Monsaraz. Nós - eu e Cláudia junto com a Márcia - já estivemos por lá, na volta da Espanha. A passagem foi rápida, mas, suficiente para deixarnos com vontade de voltar. Eles, nunca haviam estado lá.
Colhemos informações básicas sobre o lugar e região: vários monumentos milenares de pedra (com mais de 3.000 a.c.); o maior lago artificial da Europa; centro Oleiro (cerâmica) de Portugal; Rota do vinho alentejano(!). E outros montes de coisas... Uma das que chamou nossa atenção (na realidade, da Cláudia a princípio) foi uma apresentação de títeres tradicionais do Alentejo (similares a marionetes) que aconteceria na vila de Rosário, sábado à noite. E por quê? Porque era uma tradição perdida há anos, e resgatada há pouco tempo. E fomos vê-la. Nossa vontade de conhecer um pouco dos costumes do povo do Alentejo concretizou-se ali!
Foi razoavelmente difícil achar o local - no meio de uma região pouco habitada, à noite e durante o inverno. Resultado: não havia ninguém na rua para nos dar informação. Quando achamos, descobrimos não haver nada para comer - só havia bebidas. E estávamos com fome (principalmente o Antonio)!! Perguntamos para o dono do bar, que nos indicou um restaurante, o único que poderia estar aberto àquela hora. Encontrarmos fácil (a vila é minúscula), porém, ali também não tinha nada de comer... O que fazer? O Antonio estava verde de fome, e eu também... Títeres ou comida?
- Comida a gente vê todo dia, mas, esta apresentação...
Falou mais alto, mesmo, a oportunidade. E voltamos ao centro recreativo de Rosário.
Não sei se foi sorte ou a Providência. Mas, assim que chegamos ao centro recreativo, vimos um aglomerado de pessoas em volta de uma Van: era um vendedor de guloseimas!!! Simplesmente parado ali, em frente ao "ginásio", estava vendendo doces - a maioria do cardápio - e pães de chouriço! Não tivemos dúvida: pão de chouriço "na cabeça"!
- Quantos tem?
- Três.
- Não tem mais. (eram pequenos)
- Tome estes, que vou até em casa buscar outros.
E aconteceu: compramos os três. Entramos no bar, pedimos uma garrafa de vinho, repartimos os pães (com a mão) e, minutos depois, já com os pães acabados, chega ele novamente. Mandamos os outros três para baixo - e mais dois pastéis de nata e um doce típico da região (não lembro o nome).
Depois foi só assistir ao show. Ou melhor, ESPETÁCULO! Imaginem a atmosfera daquele lugar, onde cinema só existe em sonho, e o total de habitantes não deve chegar à 1500. Era o acontecimento do ano! Estavam todos lá!
Foi MUITO especial. Inesquecível! Nos temas da apresentação conseguia-se notar as sutilezas "psicológicas" e comportamentais: Adão e Eva; Caim e Abel; sexo com animais; festas e danças típicas; alcoolismo; violência doméstica; etc. Foi uma noite para gente simples e feita por gente simples. Nós, os únicos "intrusos", tivemos o privilégio de presenciar aquilo tudo, e fomos simplesmente surpreendidos com o que vimos e sentimos. Porém, tenho certeza que também pegamos eles de surpresa!
Beijos
A quem interessar possa
A cada passeio ou viagem que fazemos, onde quer que estejamos, este blog é presença constante... Já criou vida, fazendo parte de nosso quotidiano (e de tantas outras pessoas, que nos acessem no mundo(!) todo). Imaginem! Uma coisa que começou para manter família e amigos avisados sobre nossas histórias, quase tem vida própria. Como dizemos quase todos os dias: isso tem que ir para o blog!
E, este texto é para dividir com vocês minha enorme frustração, pois, algumas histórias ficaram para trás, por conta de outras tantas que vão acontecendo. E, temos mais um exemplo neste final de semana. A experiência vivida durante este sábado e domingo foi tão intensa, que não consigo pensar em outra coisa para escrever... Estes dois posts mais abaixo saíram à "forceps"... Enfim, fico frustrado em não dividir com vocês várias histórias que passaram. Mas, saibam, que é sempre pela boa causa de contar sobre outras, que estão acontecendo.
Claro que o(s) próximo(s) post(s) será(ão) sobre a última experiência.
Beijos
E, este texto é para dividir com vocês minha enorme frustração, pois, algumas histórias ficaram para trás, por conta de outras tantas que vão acontecendo. E, temos mais um exemplo neste final de semana. A experiência vivida durante este sábado e domingo foi tão intensa, que não consigo pensar em outra coisa para escrever... Estes dois posts mais abaixo saíram à "forceps"... Enfim, fico frustrado em não dividir com vocês várias histórias que passaram. Mas, saibam, que é sempre pela boa causa de contar sobre outras, que estão acontecendo.
Claro que o(s) próximo(s) post(s) será(ão) sobre a última experiência.
Beijos
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Alguns pormenores
Já falei sobre a "esticadinha" que demos na viagem que fizemos à Foz do Côa, num dos posts mais abaixo. Mas, ela aconteceu graças a uma operação "complexa"...
Pouco antes de "embarcarmos" para a parte baixa do vale, aonde estão as inscrições rupestres (motivo de nossa visita ao Côa), um dos personagens locais - o dono da loja anexa ao centro de recepção - nos disse a respeito de Miranda. Esta cidade, fica no extremo nordeste do país, e, dentre outras coisas, possui dois atrativos imperdíveis:
1 - A carne (realmente a melhor que comemos em todo o país, e diria na Europa!)
2 - Lá existem duas línguas oficiais: o português (claro) e o Mirandês (uma mistura de castelhano, português e algumas outras que não conheço)!
Depois disso, não precisou falar mais nada. Queríamos ir. Porém, precisávamos estender o aluguel do carro. Detalhe: estávamos numa aldeia cercada de montanhas, onde o celular mal pegava (mesmo se pegasse, não estávamos com o número da central de aluguel) e sem acesso à internet.
Contamos com a ajuda de nossa guia - a Cristina - que, mesmo atrasando todo o grupo de visitantes, ligou para o escritório de turismo de Vila Nova (a maior cidade da região), e pediu o telefone da locadora. Conseguimos! Agora, precisávamos fazer o celular funcionar... Tentamos de várias maneiras, em vários lugares. Lembrei, depois de todas as opções esgotadas, que no caminho de volta, existe uma capela no alto de uma colina - a mais alta da região. Pensei: se existe uma capela, existe um caminho para chegar.
Despedimo-nos da Cristina, e lá fomos nós. Pouco após a saída da aldeia (Castelo Melhor), vi uma entrada de terra, à beira da estrada. Apesar de não estar na direção do alto da colina e, portanto, da capela, entrei. Ainda bem! Porque, era ali mesmo. Depois de 2 Km, chegamos ao topo, à capela, à vista e, adivinhem, ao sinal de celular!!!
Primeiro, ligamos para a locadora: estendemos por mais um dia. Depois, curtimos a vista e, para marcar o momento e dividirmos com vocês, tiramos uma(s) foto(s). Lugar espetacular!!
Beijos
Pouco antes de "embarcarmos" para a parte baixa do vale, aonde estão as inscrições rupestres (motivo de nossa visita ao Côa), um dos personagens locais - o dono da loja anexa ao centro de recepção - nos disse a respeito de Miranda. Esta cidade, fica no extremo nordeste do país, e, dentre outras coisas, possui dois atrativos imperdíveis:
1 - A carne (realmente a melhor que comemos em todo o país, e diria na Europa!)
2 - Lá existem duas línguas oficiais: o português (claro) e o Mirandês (uma mistura de castelhano, português e algumas outras que não conheço)!
Depois disso, não precisou falar mais nada. Queríamos ir. Porém, precisávamos estender o aluguel do carro. Detalhe: estávamos numa aldeia cercada de montanhas, onde o celular mal pegava (mesmo se pegasse, não estávamos com o número da central de aluguel) e sem acesso à internet.
Contamos com a ajuda de nossa guia - a Cristina - que, mesmo atrasando todo o grupo de visitantes, ligou para o escritório de turismo de Vila Nova (a maior cidade da região), e pediu o telefone da locadora. Conseguimos! Agora, precisávamos fazer o celular funcionar... Tentamos de várias maneiras, em vários lugares. Lembrei, depois de todas as opções esgotadas, que no caminho de volta, existe uma capela no alto de uma colina - a mais alta da região. Pensei: se existe uma capela, existe um caminho para chegar.
Despedimo-nos da Cristina, e lá fomos nós. Pouco após a saída da aldeia (Castelo Melhor), vi uma entrada de terra, à beira da estrada. Apesar de não estar na direção do alto da colina e, portanto, da capela, entrei. Ainda bem! Porque, era ali mesmo. Depois de 2 Km, chegamos ao topo, à capela, à vista e, adivinhem, ao sinal de celular!!!
Primeiro, ligamos para a locadora: estendemos por mais um dia. Depois, curtimos a vista e, para marcar o momento e dividirmos com vocês, tiramos uma(s) foto(s). Lugar espetacular!!
Beijos
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
O que é Natal?
A gente conta, mas tem quem desconfie... De qualquer jeito, temos mais um "causo" para agregar à nossa coleção de pessoas simpáticas a alegres daqui...
Hoje, voltando de Lisboa para casa, decidimos almoçar no Cais do Sodré, onde há um restaurante bom e barato. Entramos, escolhemos o prato (carne de vitela com cenoura - o nosso picadinho) e perguntei à Cláudia: que tal um vinho? Aceitou a sugestão, e lá fomos nós procurar uma mesa.
- Aqui está bom, sem muito vento.
- Perfeito!
Servi vinho para a Cláudia e, assim que acabei de colocar em minha taça, ouço ao nosso lado:
- Um brinde! Saúde!
Nem pensamos, erguemos nossas taças e:
- Um brinde!
Um casal de senhores, que acabavam também de servir-se com o vinho, foram os responsáveis pelo gesto.
Simpático? Muito mais que isso!
Minutos depois, com o almoço já acabado (nós e eles), o senhor levanta-se e vai até o interior do restaurante. Ela, ao contrário, veio até nós. E foi aí que soubemos um pouco da história deles: ela, viúva, namora com ele há 5 anos. Ele, poeta (e acho que viúvo), namora ela há cinco também... Os dois, mais de setenta anos!! E parecem um casal de jovens, trocando abraços e carinhos sinceros... Ela ainda nos confessou que, depois de vinte anos sem um companheiro, o filho dela - único, casado, 51 anos - quis conhecer o "Dom Juan". Segundo consta, aprovou...
O senhor retornou com o café que comprara. Trocamos mais algumas palavras e foram à mesa deles, bem ao lado. Tomaram o café e, assim que se levantaram para irem embora, vieram a nós e, mais que gentilmente, nos entregaram uma poesia. Detalhe: escrita à máquina de escrever (elétrica!), com trabalho de colagem ao lado.
Nos despedimos com mais do que votos de saúde e prosperidade!
Prova, mais uma, da força que temos dentro da gente... Afinal, nos é inerente o amor!
Eis a transcriação da poesia e, mais abaixo, a foto do presente:
"Um Nascimento que marcou a Humanidade
Três Reis,
Por celestial luz
Encantados,
Montaram em seus camelos e,
Divinalmente guiados,
A um modesto estábulo,
Chegaram e,
Ficaram maravilhados,
Tinha nascido um menino,
Cuja concepção
Rodeada de mistério
Divinal
Ficaria na história universal.
Nascera JESUS CRISTO!
Nascera o NATAL!
Menino que bem cedo na vida,
Falaria de sentimentos
Que naquela época
Não era habitual.
Pregou o AMOR AO PRÓXIMO!
A IGUALDADE! A JUSTIÇA!
O CULTA DA VERDADE!
A PUREZA NA HONESTIDADE!
Passados anos, séculos,
Ó ingrata humanidade!
Se fossem cumpridos
Tais preceitos sagrados,
Hoje!
Teríamos um mundo
De seres humanos iluminados!
JESUS CRISTO
DIRIA: MEUS ABENÇOADOS FADOS!!!
Júlio Viegas
Natal, 2010"
Hoje, voltando de Lisboa para casa, decidimos almoçar no Cais do Sodré, onde há um restaurante bom e barato. Entramos, escolhemos o prato (carne de vitela com cenoura - o nosso picadinho) e perguntei à Cláudia: que tal um vinho? Aceitou a sugestão, e lá fomos nós procurar uma mesa.
- Aqui está bom, sem muito vento.
- Perfeito!
Servi vinho para a Cláudia e, assim que acabei de colocar em minha taça, ouço ao nosso lado:
- Um brinde! Saúde!
Nem pensamos, erguemos nossas taças e:
- Um brinde!
Um casal de senhores, que acabavam também de servir-se com o vinho, foram os responsáveis pelo gesto.
Simpático? Muito mais que isso!
Minutos depois, com o almoço já acabado (nós e eles), o senhor levanta-se e vai até o interior do restaurante. Ela, ao contrário, veio até nós. E foi aí que soubemos um pouco da história deles: ela, viúva, namora com ele há 5 anos. Ele, poeta (e acho que viúvo), namora ela há cinco também... Os dois, mais de setenta anos!! E parecem um casal de jovens, trocando abraços e carinhos sinceros... Ela ainda nos confessou que, depois de vinte anos sem um companheiro, o filho dela - único, casado, 51 anos - quis conhecer o "Dom Juan". Segundo consta, aprovou...
O senhor retornou com o café que comprara. Trocamos mais algumas palavras e foram à mesa deles, bem ao lado. Tomaram o café e, assim que se levantaram para irem embora, vieram a nós e, mais que gentilmente, nos entregaram uma poesia. Detalhe: escrita à máquina de escrever (elétrica!), com trabalho de colagem ao lado.
Nos despedimos com mais do que votos de saúde e prosperidade!
Prova, mais uma, da força que temos dentro da gente... Afinal, nos é inerente o amor!
Eis a transcriação da poesia e, mais abaixo, a foto do presente:
"Um Nascimento que marcou a Humanidade
Três Reis,
Por celestial luz
Encantados,
Montaram em seus camelos e,
Divinalmente guiados,
A um modesto estábulo,
Chegaram e,
Ficaram maravilhados,
Tinha nascido um menino,
Cuja concepção
Rodeada de mistério
Divinal
Ficaria na história universal.
Nascera JESUS CRISTO!
Nascera o NATAL!
Menino que bem cedo na vida,
Falaria de sentimentos
Que naquela época
Não era habitual.
Pregou o AMOR AO PRÓXIMO!
A IGUALDADE! A JUSTIÇA!
O CULTA DA VERDADE!
A PUREZA NA HONESTIDADE!
Passados anos, séculos,
Ó ingrata humanidade!
Se fossem cumpridos
Tais preceitos sagrados,
Hoje!
Teríamos um mundo
De seres humanos iluminados!
JESUS CRISTO
DIRIA: MEUS ABENÇOADOS FADOS!!!
Júlio Viegas
Natal, 2010"
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Não tem muito a ver, mas achei legal...
O texto abaixo não tem nada a ver com o momento atual. Muito pelo contrário. Até o tema é excêntrico, dado o motivo deste blog. Então, por que colocá-lo?
É que estava fuçando meus arquivos e encontrei ele, escrito à época da Copa do mundo. Mostra um pouco da visão futebolística daqui, e o que isso pode causar num brasileiro (eu, no caso). Não publiquei, porque achei exatamente o que escrevi acima. Mas, como agora faz parte de uma seleção "vintage" (tá na moda o termo, não?!), quis dividir com vocês...
Beijos
"Sem título - em 18/06/2010
por Fabio
Desculpem meter minha colher onde não deveria, mas, não consigo ficar calado. Tenho acompanhando todos os jogos desta copa, e estou impressionado com o que está acontecendo! Os favoritos estão deixando os apostadores de cabelos-em-pé (e bolsos vazios)!!
Escrevo este texto, no momento em que a Inglaterra, berço deste esporte, acaba de empatar com a “temida” Argélia em 0 x 0. Hoje, pela manhã, tivemos a derrota da Alemanha para a Sérvia. Ontem, a França perdeu para o México. E assim por diante... E, como se não fosse suficiente, esta copa tem a pior média de gols de TODAS! O que está acontecendo??
Desde sempre (como meus amigos portugueses gostam de falar), camisa nunca ganhou jogo. O que ganha jogo tem nome e, às vezes, sobrenome: Gol, às vezes bonito. Exceto isso, nada mais (a não ser em torneios-início da várzea, onde o nº de escanteios também conta, em caso de empate...). Nós, brasileiros, mais “espertos” que os demais, fazemos (ou fazíamos) de tudo para golear. O que valia, ao final, era ter mais gols pró do que contra. Porém, em terras distantes, onde a ciência-tecnocrata existe antes da criação do mundo, o futebol-arte começou a ser dizimado, em nome da vitória-a-qualquer-custo. Por quê? Porquê não têm jogadores de futebol na mesma quantidade/qualidade que nós temos. Daí, para um “cientista-meia-boca” chegar à conclusão de que teriam que “inventar” um esquema-tático com uma defesa INTRANSPONÍVEL, foi um passo. Ou melhor, um estalo (mais rápido que um passo)! O resto, já é sabido: como tudo o que é de fora é melhor, TODOS os times/seleções começaram a copiar este “bendito” esquema (qualquer que seja ele: 4-4-2; 3-5-2; 4-2-2-2; dá até para jogar bingo com a família...).
Estas técnicas avançadas de “futebolização” já estão mais do que disseminadas. Quem não as conhece, é só correr para a banca mais próxima e comprar seu exemplar (autografado pelo autor - digitalmente, é claro). Todo mundo sabe qual a receita de bolo. E, portanto, todo mundo está fazendo a MESMA coisa! Virou um check-list: condição física dos atletas: ok; treino tático: ok; treino técnico: ok; preleção: ok. E assim por diante... Resultado: COLOCARAM OS JOGADORES DE FUTEBOL DENTRO DE UMA CAIXA. Se sair, não serve! É simples, tá no livro...
Mas, eis que surge uma luz!! Um clarão nesta noite, que dura mais do que deve... Em recente post em seu blog, Paulo Vinícius Coelho – o PVC - foi mais uma vez MUITO feliz ao lembrar que “o antídoto contra as fortes retrancas” é o drible!! Sim, ele, o drible! Primogênito do Futebol-arte! Como podia, eu, ter esquecido! É mais do que óbvio! As defesas estão preparadas para jogadas coletivas, algumas já conhecidas. Porém, não há como se preparar para o drible. Sua essência aniquila a tentativa de se defender! E deixa o jogo muito mais agradável de ser visto. Ou alguém prefere ficar adivinhando qual esquema tático daquele time, e o que o outro poderia alterar no seu para furá-lo?
Viva o Futebol-arte!! Obrigado PVC, por me lembrar que o drible ainda tem (e terá) espaço neste esporte! Só que precisamos divulgar isso o mais rápido possível, pois corremos o perigo de que os “cientistas-tecnocratas” se apoderem deste conhecimento, e comecem a fazer dinheiro com isso. Quanto a todo mundo copiar este “esquema”, não tenho preocupação. MUITO pelo contrário! Acho que o futebol-arte também não tem...
Abraços"
É que estava fuçando meus arquivos e encontrei ele, escrito à época da Copa do mundo. Mostra um pouco da visão futebolística daqui, e o que isso pode causar num brasileiro (eu, no caso). Não publiquei, porque achei exatamente o que escrevi acima. Mas, como agora faz parte de uma seleção "vintage" (tá na moda o termo, não?!), quis dividir com vocês...
Beijos
"Sem título - em 18/06/2010
por Fabio
Desculpem meter minha colher onde não deveria, mas, não consigo ficar calado. Tenho acompanhando todos os jogos desta copa, e estou impressionado com o que está acontecendo! Os favoritos estão deixando os apostadores de cabelos-em-pé (e bolsos vazios)!!
Escrevo este texto, no momento em que a Inglaterra, berço deste esporte, acaba de empatar com a “temida” Argélia em 0 x 0. Hoje, pela manhã, tivemos a derrota da Alemanha para a Sérvia. Ontem, a França perdeu para o México. E assim por diante... E, como se não fosse suficiente, esta copa tem a pior média de gols de TODAS! O que está acontecendo??
Desde sempre (como meus amigos portugueses gostam de falar), camisa nunca ganhou jogo. O que ganha jogo tem nome e, às vezes, sobrenome: Gol, às vezes bonito. Exceto isso, nada mais (a não ser em torneios-início da várzea, onde o nº de escanteios também conta, em caso de empate...). Nós, brasileiros, mais “espertos” que os demais, fazemos (ou fazíamos) de tudo para golear. O que valia, ao final, era ter mais gols pró do que contra. Porém, em terras distantes, onde a ciência-tecnocrata existe antes da criação do mundo, o futebol-arte começou a ser dizimado, em nome da vitória-a-qualquer-custo. Por quê? Porquê não têm jogadores de futebol na mesma quantidade/qualidade que nós temos. Daí, para um “cientista-meia-boca” chegar à conclusão de que teriam que “inventar” um esquema-tático com uma defesa INTRANSPONÍVEL, foi um passo. Ou melhor, um estalo (mais rápido que um passo)! O resto, já é sabido: como tudo o que é de fora é melhor, TODOS os times/seleções começaram a copiar este “bendito” esquema (qualquer que seja ele: 4-4-2; 3-5-2; 4-2-2-2; dá até para jogar bingo com a família...).
Estas técnicas avançadas de “futebolização” já estão mais do que disseminadas. Quem não as conhece, é só correr para a banca mais próxima e comprar seu exemplar (autografado pelo autor - digitalmente, é claro). Todo mundo sabe qual a receita de bolo. E, portanto, todo mundo está fazendo a MESMA coisa! Virou um check-list: condição física dos atletas: ok; treino tático: ok; treino técnico: ok; preleção: ok. E assim por diante... Resultado: COLOCARAM OS JOGADORES DE FUTEBOL DENTRO DE UMA CAIXA. Se sair, não serve! É simples, tá no livro...
Mas, eis que surge uma luz!! Um clarão nesta noite, que dura mais do que deve... Em recente post em seu blog, Paulo Vinícius Coelho – o PVC - foi mais uma vez MUITO feliz ao lembrar que “o antídoto contra as fortes retrancas” é o drible!! Sim, ele, o drible! Primogênito do Futebol-arte! Como podia, eu, ter esquecido! É mais do que óbvio! As defesas estão preparadas para jogadas coletivas, algumas já conhecidas. Porém, não há como se preparar para o drible. Sua essência aniquila a tentativa de se defender! E deixa o jogo muito mais agradável de ser visto. Ou alguém prefere ficar adivinhando qual esquema tático daquele time, e o que o outro poderia alterar no seu para furá-lo?
Viva o Futebol-arte!! Obrigado PVC, por me lembrar que o drible ainda tem (e terá) espaço neste esporte! Só que precisamos divulgar isso o mais rápido possível, pois corremos o perigo de que os “cientistas-tecnocratas” se apoderem deste conhecimento, e comecem a fazer dinheiro com isso. Quanto a todo mundo copiar este “esquema”, não tenho preocupação. MUITO pelo contrário! Acho que o futebol-arte também não tem...
Abraços"
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
A placa
Dias atrás, rodamos por estradas nunca dantes rodadas. Por nós, claro. E conhecemos um pedacinho de Portugal que nos encantou demais! A famosa região de Tras-os-montes. Já ouviram falar, com ceteza! Estamos com saudades... A autenticidade, a singularidade, a paisagem, a receptividade, a história, o povo... Enfim, fomos "tocados" pela atmosfera do local. Ali devem estar guardados segredos que só os locais conhecem. Nós, os "turistas", nunca iremos saber... De onde vem a mágica fórmula para desnudar-se sem, contudo, mostrar tudo?
Uma imagem diz tudo. Respeito, compromisso? Talvez sim, talvez não... Estava lá. E deu vontade de dividir com vocês...
Beijos
domingo, 5 de dezembro de 2010
Voltando às origens
Esqueci de mencionar! E como poderia deixar de dizer que visitamos a cidade MAIS IMPORTANTE de Portugal, durante a viagem que descrevi no post abaixo?
Alguém adivinha qual é?
Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Guimarães, Bragança, Setúbal... Podem chutar quanto quiserem, mas, é estaticamente comprovado que para 180.000.000 de pessoas (+ ou -) a cidade de Belmonte é, disparada, a mais importante. Por quê?! Ali nasceu Pedro Álvares Cabral. Só isso... E descobrimos por acaso, num posto de informações (coisa feia, temos que admitir...). Mas, antes tarde do que nunca!
Estávamos voltando de Miranda (aquela cidade da MELHOR carne de TODO Portugal), quando decidimos passar pela Serra da Estrela. Para quem não sabe, ali existem estações de esqui e estava nevando bastante por lá... Fomos!
Como Miranda fica na fronteira de Portugal e Espanha, descemos pelas estradas de Castilla y Leon (a maior província espanhola, e terra de Dom Quixote) para ver se conseguíamos avistar alguns moinhos - e quem sabe conquistá-los! Mas, nada deles... Ao entrar novamente em Portugal, através de Vilar Formoso, já na região da Serra de Estrela, paramos no escritório de turismo - não sem antes reparar que ali, há poucos metros, ainda existe a estrutura da antiga fronteira (antes de Portugal e Espanha ingressarem na Comunidade europeia). Entramos no escritório e fomos atendidos por uma moça que, percebendo nossa brasilidade, sugeriu a cidade.
Chegamos lá em menos de 30 minutos. O centro antigo fica ao redor do Castelo que, por sua vez, fica no ponto mais alto da colina. A vila guarda surpresas, como uma sinagoga ativa e um bairro judeu de verdade (leia-se: até hoje os judeus vivem lá). Claro que existem várias menções ao Brasil, como escolas, ruas, praças. Tem até um museu contando como foi o "descobrimento" (não o visitamos). O Castelo, em ruínas, mas com sua parte externa preservada, tem em seu interior um anfiteatro construído há pouco tempo, mas, nos pareceu em perfeita harmonia com o local. Lá (no castelo) fica o posto de turismo, onde podem se informar sobre o que fazer na cidade e na Serra da Estrela. Dali, nos avisaram que as estradas no interior da Serra estavam fechadas devido à neve. Poderíamos seguir até Manteigas ou Penhas da Saúde, devendo retornar, pois não seria possível prosseguir.
Para encurtar a história, fomos para Manteigas e, na volta, pegamos uma nevasca! Era uma verdadeira parede branca à frente do carro, que não deixava acender os faróis (piorava muito!). O jeito, foi acender os faróis de neblina (ainda bem que o carro tinha!) e olhar para a faixa lateral... Mas, tudo bem. Se estou escrevendo isso, é que chegamos...
Antes de acabar, um detalhe histórico (para quem gosta): a família Cabral tem suas origens em Santarém. Mas, foi designada para cuidar do castelo de Belmonte por um rei (não sei qual). O Pedro nasceu lá e, quando morto, foi sepultado em Santarém (sua tumba está lá até hoje). Mas, suas cinzas já estão de volta ao Panteão da família que fica em Belmonte.
Beijos
Alguém adivinha qual é?
Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Guimarães, Bragança, Setúbal... Podem chutar quanto quiserem, mas, é estaticamente comprovado que para 180.000.000 de pessoas (+ ou -) a cidade de Belmonte é, disparada, a mais importante. Por quê?! Ali nasceu Pedro Álvares Cabral. Só isso... E descobrimos por acaso, num posto de informações (coisa feia, temos que admitir...). Mas, antes tarde do que nunca!
Estávamos voltando de Miranda (aquela cidade da MELHOR carne de TODO Portugal), quando decidimos passar pela Serra da Estrela. Para quem não sabe, ali existem estações de esqui e estava nevando bastante por lá... Fomos!
Como Miranda fica na fronteira de Portugal e Espanha, descemos pelas estradas de Castilla y Leon (a maior província espanhola, e terra de Dom Quixote) para ver se conseguíamos avistar alguns moinhos - e quem sabe conquistá-los! Mas, nada deles... Ao entrar novamente em Portugal, através de Vilar Formoso, já na região da Serra de Estrela, paramos no escritório de turismo - não sem antes reparar que ali, há poucos metros, ainda existe a estrutura da antiga fronteira (antes de Portugal e Espanha ingressarem na Comunidade europeia). Entramos no escritório e fomos atendidos por uma moça que, percebendo nossa brasilidade, sugeriu a cidade.
Chegamos lá em menos de 30 minutos. O centro antigo fica ao redor do Castelo que, por sua vez, fica no ponto mais alto da colina. A vila guarda surpresas, como uma sinagoga ativa e um bairro judeu de verdade (leia-se: até hoje os judeus vivem lá). Claro que existem várias menções ao Brasil, como escolas, ruas, praças. Tem até um museu contando como foi o "descobrimento" (não o visitamos). O Castelo, em ruínas, mas com sua parte externa preservada, tem em seu interior um anfiteatro construído há pouco tempo, mas, nos pareceu em perfeita harmonia com o local. Lá (no castelo) fica o posto de turismo, onde podem se informar sobre o que fazer na cidade e na Serra da Estrela. Dali, nos avisaram que as estradas no interior da Serra estavam fechadas devido à neve. Poderíamos seguir até Manteigas ou Penhas da Saúde, devendo retornar, pois não seria possível prosseguir.
Para encurtar a história, fomos para Manteigas e, na volta, pegamos uma nevasca! Era uma verdadeira parede branca à frente do carro, que não deixava acender os faróis (piorava muito!). O jeito, foi acender os faróis de neblina (ainda bem que o carro tinha!) e olhar para a faixa lateral... Mas, tudo bem. Se estou escrevendo isso, é que chegamos...
Antes de acabar, um detalhe histórico (para quem gosta): a família Cabral tem suas origens em Santarém. Mas, foi designada para cuidar do castelo de Belmonte por um rei (não sei qual). O Pedro nasceu lá e, quando morto, foi sepultado em Santarém (sua tumba está lá até hoje). Mas, suas cinzas já estão de volta ao Panteão da família que fica em Belmonte.
Estátua de Cabral, o Pedro - notem as bandeiras de Portugal (esquerda) e Brasil (direita)
Beijos
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Ainda bem!
O que os homens faziam há mais de 20.000 anos atrás? Qual era o principal motivo da vida, além da sobrevivência, é claro... E nas horas vagas, com que se ocupavam? Pois foi isso que fomos saber durante esta semana, dentre outras coisas.
A Cláudia teve um encontro na Universidade do Porto e, para variar, aproveitamos para dar uma "esticadinha". Que ficaria só por um dia e acabou sendo por dois. Coisas de "xeretas" e, por que não, nosso presente de natal antecipado (ou parte dele...). E me dei conta que foi a nossa primeira viagem a sós! Caramba! Quase um ano depois...
Depois do encontro, já havíamos combinado de ir até Foz do Côa onde existem inscrições com mais de 20.000 anos!! Isso mesmo: em Portugal estão algumas das mais antigas manifestações do homem "moderno" (Homo sapiens - o que "somos" hoje). Dormimos no Porto e, logo pela manhã partimos (são mais de 4 horas de carro por estradas secundárias, além das paradas no meio). Chegamos ao local uma hora antes e, ali mesmo, ficamos sabendo de uma porção de coisas.
E nos indicaram uma outra cidade - Miranda - que fica no extremo Nordeste do país. E foi aí que a história aumentou: existem duas línguas oficiais por lá!! Repito: há, em Portugal, uma cidade com duas línguas oficiais. Sabiam? Nós já ouvimos falar, mas não sabíamos onde... Além disso, nos disseram - e depois comprovamos - que a carne de lá é uma das melhores do país (para mim é a melhor, DISPARADA, até agora!). Não tivemos dúvida: ligamos IMEDIATAMENTE para a locadora do carro e pedimos a extensão das diárias... Ainda bem!
Detalhes? Nos próximos posts.
Beijos
A Cláudia teve um encontro na Universidade do Porto e, para variar, aproveitamos para dar uma "esticadinha". Que ficaria só por um dia e acabou sendo por dois. Coisas de "xeretas" e, por que não, nosso presente de natal antecipado (ou parte dele...). E me dei conta que foi a nossa primeira viagem a sós! Caramba! Quase um ano depois...
Depois do encontro, já havíamos combinado de ir até Foz do Côa onde existem inscrições com mais de 20.000 anos!! Isso mesmo: em Portugal estão algumas das mais antigas manifestações do homem "moderno" (Homo sapiens - o que "somos" hoje). Dormimos no Porto e, logo pela manhã partimos (são mais de 4 horas de carro por estradas secundárias, além das paradas no meio). Chegamos ao local uma hora antes e, ali mesmo, ficamos sabendo de uma porção de coisas.
Inscrições em Foz do Côa - onde está o cavalo?
E nos indicaram uma outra cidade - Miranda - que fica no extremo Nordeste do país. E foi aí que a história aumentou: existem duas línguas oficiais por lá!! Repito: há, em Portugal, uma cidade com duas línguas oficiais. Sabiam? Nós já ouvimos falar, mas não sabíamos onde... Além disso, nos disseram - e depois comprovamos - que a carne de lá é uma das melhores do país (para mim é a melhor, DISPARADA, até agora!). Não tivemos dúvida: ligamos IMEDIATAMENTE para a locadora do carro e pedimos a extensão das diárias... Ainda bem!
Miranda: duas línguas...
Detalhes? Nos próximos posts.
Beijos
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